Aprenda agora a vencer o medo de investir
Por que o brasileiro tem tanto medo de investir? Enquanto, nos Estados Unidos, 52% dos cidadãos aplicam em ações, no Brasil, esse percentual chega a irrisórios 0,35%. O disparate é tão grande, que, em 2013, uma reportagem polêmica apontava que o país tinha mais gente na cadeia do que no mercado acionário (0,3% contra 0,29%, à época).
De maneira geral, os números não são muito melhores: 58% dos brasileiros não tinham qualquer tipo de aplicação em 2017. Ok, você deve estar pensando: “então isso quer dizer que 42% têm investimentos, parece um bom número, não?”
Não. Não se verificarmos que, desse total, 90% estão considerando caderneta de poupança como investimento. Aquela mesma que, em 2015, teve rentabilidade negativa.
Muitos brasileiros não sabem que a poupança tem riscos também. Muitos também não sabem que manejo de risco é gatilho para lucro alto. O problema, portanto, não está no risco, mas na falta de gerenciamento.
Hoje, você dar um passo importante em sua vida, descobrindo como perder o medo de investir e, principalmente, como investir com inteligência!
Veja como perder o medo de investir
Poupança não tem risco. Será?
Quase todos os brasileiros que guardam dinheiro o deixam na poupança sob a alegação de que ela não oferece os riscos dos investimentos tradicionais. Ledo engano.
O que garante a segurança da poupança é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esse fundo é mantido pelas instituições financeiras por meio de contribuições de 0,0125% ao mês sobre todo o capital que as pessoas mantêm nos bancos.
Esse montante assegura ressarcimento ao cliente de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, caso haja falência. Ou seja, se você tiver R$ 500 mil aplicados no banco, adivinhe o que vai acontecer se ele falir…
Se até a poupança tem riscos e você tem dinheiro nela, lamentavelmente, deve ser dito que você já corre algum nível de risco (e não é preciso ter medo de investir por isso).
Na verdade, até se você colocar dinheiro no colchão continuará correndo riscos (de assaltos ou de desvalorização da moeda, por exemplo). Em outras palavras, não é preciso ter medo de investir, dado que o risco não está no investimento, mas na simples gestão do dinheiro.
Vale lembrar que o mesmo FGC que protege a poupança protege também aplicações como CDB, LCI/LCA e Letras de Câmbio. Conclusão: a poupança está longe de ser investimento livre de riscos ou o mais seguro do mercado.
Quais os principais riscos que um investidor corre?
O estrategista/filósofo chinês Sun Tzu dizia que, para vencer o inimigo, é preciso conhecê-lo. Assim, se você quer perder o medo de investir, é necessário entender a quais riscos você está exposto.
Risco de crédito
É o risco do calote. Seria o caso de investir, a instituição quebrar e você não ver mais o dinheiro. Ocorre que nosso sistema financeiro é tão sólido, que essa possibilidade é bastante remota. Além disso, gatilhos como o citado FGC garantem a tranquilidade do investidor, mesmo nessas situações extremas.
A título de exemplo, no caso do Tesouro Direto (em que você passa a ser credor do governo), ainda que o Estado falisse, suas dívidas internas seriam quitadas.
Isso porque o governo pode quitar seus credores internos com a simples emissão de papel-moeda (algo impossível na dívida externa). É por isso que o Tesouro é considerado dos investimentos mais seguros do mercado.
Risco de mercado
É o risco de você comprar um título e ele não render o esperado. Esse risco decorre da volatilidade natural do mercado, podendo ser mitigado com estudo e estratégia.
No mercado acionário, por exemplo, correções de curto prazo são quase sempre normais. Quem v não é afetado por essas pequenas quedas, porque as cotações tendem a retomar seu patamar no médio/longo prazo. Está bem mais exposto a esse risco quem investe por emoção, sem conhecimento ou estudo prévio.
Risco de liquidez
É o risco de você precisar resgatar o dinheiro investido e não conseguir. Um imóvel, por exemplo, tem baixíssima liquidez: se você comprou um e precisa reaver o dinheiro, pode demorar mais de 1 ano para conseguir. Mas nem todos os investimentos são desprovidos de liquidez.
Um seguro de vida resgatável, por exemplo, garante resgate em 30 dias após a carência. Um título do Tesouro Direto pode ser capitalizado em menos de 2 dias (governo recompra os papéis).
Risco operacional
Trata-se do risco de falhas na operação, como um bug no home broker no momento em que você vende suas ações. Atualmente, esse risco quase inexiste.
Risco legal
Risco de investir por meio de agentes não autorizados, por exemplo. Risco inexistente quando você investe com seguradoras ou corretoras de tradição no mercado.
Dissecando esses riscos, fica mais difícil entender o medo de investir, certo?
Quais os principais medos de investir?
Medo de não saber por onde começar
O começo de tudo está na preparação. Muito antes de colocar a mão na massa, você deve dedicar-se a entender como funciona o mundo dos investimentos.
Aqui, entram as opções disponíveis, as diferenças entre renda fixa e
variável, os investimentos de proteção (como seguro de vida e previdência privada), além das oscilações macroeconômicas que impactam as aplicações (juros, câmbio e inflação).
Medo de perder dinheiro com o investimento
Já fizemos um diagnóstico completo desse receio no tópico anterior. Abarca basicamente o medo do risco de crédito e do risco de mercado. Ambos podem ser gerenciados com diversificação (tanto das instituições intermediárias quanto dos ativos escolhidos).
A diversificação reduz o risco e aumenta a rentabilidade média de sua carteira, já que um eventual mau resultado pode ser compensado pelo desempenho positivo de outro investimento.
Medo de precisar do dinheiro para uma emergência
Estamos falando do risco de liquidez, uma das maiores causas do medo de investir. A diversificação também soluciona essa questão, desde que você separe parte do capital investido para um fundo de emergência em ativo de alta liquidez (Tesouro Direto, seguro de vida resgatável, alguns CDBs e ações, por exemplo).
Medo de a corretora/banco quebrar e perder o dinheiro
Você já sabe que estamos falando, em linguagem técnica, do risco de crédito, risco muito discutível quando sabemos que existem ativos e situações que praticamente o eliminam (caso do FGC e da aplicação por meio de instituições centenárias).
Quais as 4 dicas supremas para investir com segurança?
1. Estudar sobre investimentos
Passo elementar para perder o medo de investir. Faça cursos sobre análise técnica/fundamentalista, conheça os principais livros sobre o mercado financeiro, entenda a relação de juros, câmbio e inflação com a flutuação dos ativos e, por fim, conheça profundamente cada investimento e como ele flutua ao sabor das leis de mercado.
2. Investir gradualmente
Nada de investir muito quando ainda estiver aprendendo. Use um pequeno valor como laboratório e, obviamente, nem pense em aplicar tudo no mesmo ativo (“não coloque todos os ovos na mesma cesta, porque, se você derrubá-la…”). Faça do seu aprendizado um processo gradativo, sem grandes riscos e com pouco dinheiro envolvido.
3. Salvaguardar parte de seu capital com ativos de proteção
Uma vez que você tenha separado um capital a investir mensalmente, é importante direcionar parte dele para um ativo de proteção pessoal/familiar.
O objetivo dessas aplicações não é exatamente enriquecê-lo, mas garantir uma vida tranquila no futuro, independentemente dos eventos imprevisíveis que possam ocorrer. E, nesse aspecto, os melhores ativos são, sem dúvida, o seguro de vida e a previdência privada.
Enquanto o segundo liberta você da dependência do INSS (que nem sabemos se existirá daqui a algumas décadas), o primeiro protege você (caso seja impossibilitado de trabalhar por problema grave de saúde — invalidez) ou sua família (caso alguma fatalidade não permita mais estar perto deles — morte).
Esse tipo de produto ainda garante diversos benefícios em sua rotina, como indenização por doenças graves, ressarcimento com gastos em diária hospitalar, reembolso de despesas com medicamentos etc. Não há razão para ter medo de investir nesse tipo de ativo.
4. Ter ajuda especializada
Existem assessorias de investimento especializadas em acompanhar investidores em suas estratégias de aplicação. Muitas delas fazem inicialmente um estudo sobre seu perfil de investidor e objetivos, selecionam uma sugestão de carteira e fazem o monitoramento dos resultados. Ter esse feedback de quem tem expertise no assunto certamente facilita o processo de aplicação.
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