Rendimento da poupança ainda vale a pena?

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 29/06/2018 | Atualizado em 07/10/2022

Você é daqueles que, quando sobra um dinheirinho, corre para fazer a transferência da conta corrente para a poupança? Você não está sozinho: 57% dos brasileiros que guardam dinheiro aplicam os recursos na caderneta. Mas o que você acha do rendimento da poupança?

A verdade é que, por mais que sejam muitos os apoiadores da caderneta, isso não quer dizer que estejam fazendo a coisa certa.

Para começar, precisamos considerar que nosso país é um dos últimos do mundo nos rankings de educação financeira. Além disso, 62% da população não acumula capital. Mas quem guarda, em geral, aplica na poupança por puro desconhecimento sobre o mercado financeiro.

Estamos falando tudo isso porque, com a queda vertiginosa da taxa Selic, que ajuda a remunerar a poupança, a caderneta vem perdendo atratividade.

Coincidência ou não, trata-se de um movimento inversamente proporcional ao aumento de aportes em aplicações como Tesouro Direto, CDBs e planos de previdência privada — apenas para citar alguns exemplos.

Será que há algo errado com o rendimento da poupança? Por que tantos brasileiros têm abandonado a antiga queridinha do país em nome de outros investimentos? No post de hoje, você vai entender matematicamente se ainda vale a pena direcionar seu dinheiro para a poupança. Confira!

Dados para quem tem dinheiro na poupança

Confira alguns dados sobre o rendimento da poupança

Talvez você não saiba, mas 2017 foi o terceiro ano seguido em que o volume de saques (retirada de recursos da caderneta) superou largamente o de depósitos. Estamos falando de uma dispersão em massa da caderneta. Somando esses três anos, o saldo total é de mais de 14 bilhões de reais negativos!

Mas nada é por acaso. Tardiamente, o brasileiro começa a perceber no bolso que seu dinheiro está sendo corroído pelo coma da poupança.

E alguns números falam mais que mil argumentos: em 2017, o rendimento da poupança foi de 3,88%. Pouco, não? E acredite: ainda foi melhor que em 2016, quando a caderneta rendeu somente 1,9% líquido.

Quer um número ainda mais desanimador? Em 2015, quem deixou recursos nesse ativo perdeu dinheiro! Mas isso é possível? De certa forma, sim.

Considerando que a inflação naquele ano foi de 10,67% e que a caderneta rendeu apenas 8,15%, quem manteve suas economias nessa aplicação perdeu 2,28% de seu poder de compra.

Isso explica por que o Tesouro Direto, por exemplo, alcançou em 2018 seu recorde histórico de investidores: 1,9 milhão de reais. Esse também é um dos fatores responsáveis por explicar por que a procura por planos de previdência privada cresce exponencialmente no país.

 

Forma de cálculo da rentabilidade da poupança

Basicamente, a sistemática de cálculo da poupança segura sua rentabilidade, garantindo que ela seja, no mínimo, de pouco mais que zero, descontada a inflação. Isso porque, desde maio de 2012, o rendimento da poupança funciona da seguinte forma:

• se a taxa Selic ficar acima de 8,5%, a caderneta renderá 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR), que é quase sempre microscópica;

• por outro lado, se a Selic ficar no patamar de 8,5% ou em algum percentual inferior a esse, a poupança renderá 70% da taxa básica + TR ao ano.

Quer um exemplo? A Selic está atualmente em 6,5%. Isso enquadra a remuneração da caderneta na segunda hipótese, o que significa que seu rendimento será 70% de 6,5% = 4,55% ao ano ou 0,379% ao mês + TR. Se você tiver, por exemplo 5 mil reais na poupança em janeiro, em dezembro, terá apenas 5.227 reais.

Acha que parece bom? Não se você verificar que há investimentos com rentabilidade superior a 1% ao mês! Vamos ver mais sobre isso?

Comparativo prático com outros investimentos

rendimentos da poupança

Em 2017, o rendimento da poupança ficou em penúltimo dentro de uma lista com 23 investimentos. Seus 6,16% ao ano são incomparáveis aos 40,47% ao ano dos Fundos de Ações Small Caps ou mesmo aos 17,99% ao ano do Tesouro Direto Prefixado.

Na prática, imagine que 2 pessoas tinham 100 mil reais para investir: uma aplicou essa quantia na poupança e a outra, no fundo de ações que acabamos de citar. Nesse cenário, acredite: enquanto o investidor do fundo chegou ao final do ano com 140 mil no bolso, a outra amargou um resultado ínfimo de pouco mais de 106 mil. Não é pouca diferença.

Um raciocínio parecido poderia ser aplicado aos planos de previdência privada e até aos seguros de vida, que têm uma função muito mais voltada para a proteção que para a multiplicação de patrimônio. Mas nem sempre é assim!

No caso da aposentadoria complementar, essa diferença de performance se explica pelo fato de que nem sempre um fundo de previdência privada é conservador.

Existem diversos tipos de fundos, dos mais comedidos aos mais arrojados. Alguns aplicam os recursos angariados apenas em renda fixa, enquanto outros mesclam essa a maiores possibilidades de ganho proporcionadas pela renda variável.

Com esse leque de opções, dá para encontrar fundos de previdência que remuneram 5 ou 6 vezes mais que a caderneta.

Sabendo de tudo isso, pare por um minuto e reflita: será que não está na hora de repensar suas estratégias de investimento?

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Insistência pelo investimento na caderneta

O rendimento da poupança definitivamente não é bom. Mas então por que a insistência de algumas pessoas? Normalmente, essa teimosia se deve à comodidade e a uma suposta sensação de segurança.

Afinal, com apenas um clique, é possível transferir todos os seus recursos para a caderneta, podendo até esquecer deles por lá, já que a volatilidade é quase nula. Mas será que isso é vantajoso? E será que a poupança é tão segura assim?

O que lastreia o baixo risco da caderneta é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), fundo de participação obrigatória das instituições financeiras que garante ressarcimento ao correntista em caso de falência do banco.

O problema é que esse ressarcimento se limita a 250 mil reais por CPF. Assim, se você tiver mais que isso por lá, corre risco sim.

E tem mais: essa proteção do FGC também alcança outras aplicações, como CDB, LCI e LCA. Perceba que a poupança não é tão intocável assim! Aliás, basta conversar sobre isso com quem tinha dinheiro aplicado na caderneta na década de 1990, quando o governo decidiu confiscar os saldos de poupança.

Entende que a tal segurança da poupança é muito mais mito que realidade?

O que você tem que guardar é que existem diversos investimentos mais rentáveis que a caderneta, alguns trazendo vantagens bastante interessantes para o investidor.

É o caso dos planos PGBL de previdência privada, que permitem dedução dos valores investidos da base de cálculo do Imposto de Renda. Só esse detalhe já traz uma vantagem bem relevante em relação à poupança.

Dúvidas sanadas sobre o rendimento da poupança, é hora de descobrir caminhos mais luminosos em direção ao sucesso da sua vida financeira. Entre em contato conosco e conheça o mundo de possibilidades que o espera para construir seu futuro com solidez, rentabilidade e segurança!