Quais são os riscos do rotativo do cartão de crédito?
São muitos os riscos do rotativo do cartão de crédito. Ele é uma armadilha que pode desequilibrar a vida financeira e levar a dívidas difíceis de pagar. São algumas as situações que levam o consumidor a recorrer a essa modalidade, como não quitar a fatura até o vencimento e pagar apenas o valor mínimo cobrado.
Em abril de 2017, as regras do rotativo do cartão foram alteradas pelo Banco Central. Segundo as novas diretrizes, não é mais permitido pagar o mínimo da fatura todos os meses — o equivalente a 15% do seu valor total. Atualmente, o limite para usar o crédito rotativo do cartão é de apenas um mês.
Na prática, isso quer dizer que, se o consumidor pagar o valor mínimo da sua fatura em determinado mês, no próximo não poderá pagar essa porcentagem de novo.
Nesse cenário, são dois os caminhos possíveis: quitar o valor total ou, obrigatoriamente, financiar o saldo, com taxas de juros que variam de 1% a 10% ao mês, dependendo do banco.
Como você pode notar, entrar no rotativo do cartão de crédito é uma situação perigosa, mesmo com as novas regras vigentes. Entre os riscos de cair nessa armadilha estão não conseguir pagar a dívida, ver o valor aumentar a cada dia e até mesmo ficar com a ficha suja, perdendo acesso ao crédito.
Quer entender melhor quais são os riscos de entrar no rotativo do cartão de crédito e conferir algumas alternativas para sair dessa situação difícil? Veja a seguir!
Afinal, quais são os riscos do rotativo do cartão de crédito?
É inegável que o cartão de crédito é uma das formas de pagamento mais convenientes para o consumidor.
Afinal, esse dinheiro de plástico permite parcelar aquisições mais caras, muitas vezes viabilizando a conquista de sonhos, sem contar que, com ele no bolso, não é preciso andar com muito dinheiro vivo.
No entanto, a conveniência tem um preço. Quem usa o cartão de crédito sem praticar o controle financeiro corre o risco de gastar mais do que pode, a ponto de, no futuro, não ter recursos suficientes para pagar o valor total da fatura.
Resultado: atraso no pagamento do cartão ou impossibilidade de pagar o total. Em ambas as situações, você acaba entrando no rotativo.
O principal risco de cair nessa armadilha é ter que arcar com uma das taxas de juros mais altas do mercado. Pode acreditar: a taxa do cartão de crédito rotativo pode chegar a 25% ao mês!
Nesse passo, o não pagamento do valor total da fatura faz com que a quantia devida pelo consumidor se transforme em uma bola de neve.
A inadimplência impossibilita o uso do cartão e pode levar até mesmo ao cadastramento do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC.
E saiba: ficar com ficha suja impede, entre outras coisas, de pegar alguns tipos de empréstimo, alugar um apartamento e até comprar a prazo.
Como quitar a dívida com o cartão de crédito?
Não tem dinheiro para pagar a fatura? Então é preciso agir rapidamente para não deixar que sua dívida se torne ainda maior, complicando mais a situação. Confira algumas soluções!
• Entre em contato com a operadora
O primeiro passo a ser considerado caso não tenha dinheiro para pagar o cartão integralmente é entrar em contato com a operadora para negociar um parcelamento.
De acordo com as novas regras, se você pagar o mínimo da fatura em um mês, no mês seguinte precisa automaticamente optar pela opção de parcelamento se não puder quitar o valor total da dívida.
Para aceitar esse combinado, basta pagar o valor exato da primeira parcela oferecida antes do vencimento do cartão. Em geral, o máximo de tempo permitido para parcelar o pagamento é 24 meses.
Essa é uma opção simples, mas que, em alguns casos, a depender da condição financeira do titular, pode valer a pena entrar em contato com a empresa para conseguir taxas melhores ou mais tempo para pagar.
• Pegue um empréstimo com juros mais baixos
Não consegue quitar o valor integral da sua fatura? Outra alternativa para se livrar da dívida com o cartão é recorrer a opções de empréstimo com juros mais baixos que os do parcelamento oferecido pela operadora, conseguindo assim pagar a fatura inteira.
Para ter certeza de que está mesmo fazendo o melhor negócio, analise prazos de pagamento e taxas não só de juros como também relativas a quaisquer outras cobranças, a fim de avaliar qual é a opção mais vantajosa para suas finanças.
• Evite parcelar suas compras
Outro passo importante para sair de vez do rotativo e das dívidas no cartão de crédito é fugir das compras parceladas. Esse é um hábito que pode prejudicar sua vida financeira e fazer com que os débitos nunca sejam quitados.
Isso acontece porque, ao dividir o pagamento de todo e qualquer produto, você aumenta a chance de perder o controle de suas despesas. Assim, somando as parcelas de todas as aquisições, você percebe que não tem como pagar.
O segredo para evitar esse risco de gastar mais do que pode é um só: preferindo sempre pagar à vista. Fazendo assim, fica muito mais fácil gerenciar seus gastos, sem contar que você ainda pode pleitear bons descontos nas suas compras.
• Reveja seus gastos
Para ter uma vida financeira equilibrada, se ver livre de vez de dívidas no cartão de crédito e, finalmente, conseguir guardar dinheiro, é preciso rever suas despesas.
Analise seu orçamento e veja onde é possível cortar gastos. Com esse esforço, você pode descobrir que tem sim os recursos necessários para pagar aquilo que deve sem comprometer sua qualidade de vida.
Se bem utilizado, o cartão de crédito traz muitas vantagens, como comprar para pagar em 40 dias, parcelar compras mais altas, acumular milhas e até mesmo controlar em que áreas do orçamento está gastando mais ao analisar a fatura.
Para tomar a melhor decisão financeira, porém, não se esqueça: é preciso fugir do rotativo do cartão de crédito para não prejudicar suas finanças com os altos juros dessa modalidade.
Mantenha o controle das finanças em dia, crie uma reserva financeira para imprevistos e, principalmente, evite gastar com aquilo de que não precisa. Dessa forma, você diminui as chances de extrapolar suas despesas no cartão de crédito e aproveita ao máximo essa forma de pagamento!
Para ter acesso a mais conteúdos sobre finanças pessoais, investimentos e organização financeira, assine já a nossa newsletter!