Riscos ocupacionais: quais são os mais comuns? Há seguro para eles?
Riscos ocupacionais são aqueles em que há probabilidade dos trabalhadores sofrerem danos à sua integridade ocasionados pelo exercício de suas atividades profissionais. Em outras palavras: estamos falando de acidentes e doenças a que estão expostos os colaboradores de uma empresa.
Quando falamos de riscos ocupacionais, pensamos logo nos operários de maquinário pesado em uma fábrica ou nos profissionais que limpam as janelas do lado de fora dos prédios, não é ? A grande verdade, no entanto, é que os riscos ocupacionais estão por toda parte!
Pensemos, por exemplo, em um profissional que trabalha de frente para o computador, fechadinho em um escritório. Caso não tenha uma boa postura, é bem possível que venha a ter problemas de coluna ou lesões relacionadas ao esforço repetitivo, especialmente se considerarmos um período mais longo.
No post de hoje, vamos aprender um pouco sobre os riscos mais comuns, aproveitando para abordar o que o trabalhador e a empresa podem fazer para se proteger desses riscos. Confira na sequência!
Os principais riscos ocupacionais
Para facilitar nosso passeio entre os principais tipos de risco ocupacional vamos usar a classificação do Ministério do Trabalho que os separa em 5 categorias diferentes: riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes.
Com o intuito de simplificar a sinalização, cada uma dessas categorias está associada a uma cor, contribuindo assim para a maior segurança do trabalhador. Entenda!
Riscos físicos (grupo verde)
O grupo verde engloba aqueles riscos que expõem o corpo humano a agressões por agentes físicos, como temperaturas altas ou baixas demais, pressão atmosférica anormal, radiação, vibrações ou ruídos excessivos. Para todos esses casos, a lei trabalhista exige que a empresa disponibilize Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
É o que acontece com os profissionais que operam as máquinas de raio-X, por exemplo. Por se tratar de uma quantidade pequena de radiação, o paciente geralmente não precisa usar equipamento protetivo. O profissional, no entanto, que realiza o mesmo procedimento dezenas de vezes todos os dias, acaba se expondo ao risco de contaminação. Por isso, deve tomar precauções especiais.
Riscos químicos (grupo vermelho)
Como o próprio nome já entrega, o risco químico é aquele em que partículas ou substâncias químicas nocivas à saúde humana são colocadas em contato (direto ou indireto) com os colaboradores da empresa.
Isso pode acontecer quando poeira, gases ou vapores nocivos são lançados no ar em que a equipe respira ou quando os trabalhadores têm contato direto com o agente nocivo por manipulá-lo.
Riscos biológicos (grupo marrom)
De um ponto de vista prático, os riscos biológicos não são tão diferentes assim dos riscos químicos. A grande diferença é que não estamos lidando com substâncias inanimadas, mas com outros seres vivos, como é o caso de vírus, fungos ou bactérias que, ao interagirem com o corpo humano, causam alguma espécie de dano à saúde.
É isso o que acontece, por exemplo, com os profissionais que trabalham dentro de uma unidade de tratamento de pacientes. Outro bom exemplo é o dos profissionais que trabalham com o recolhimento de lixo ou materiais recicláveis.
Riscos ergonômicos (grupo amarelo)
A ergonomia é a relação entre o ser humano e seu ambiente de trabalho, o que inclui ferramentas, cadeiras, mesas, iluminação, entre muitos outros fatores. O profissional que trabalha sem condições ergonômicas sente desconforto.
Uma posição desconfortável pode evoluir para uma doença ocupacional, já que será repetida milhares de vezes ao longo do dia, da semana, do mês, do ano. É o caso da lesão por esforço repetitivo ou da má postura, que já tivemos a oportunidade de mencionar.
Riscos de acidentes (grupo azul)
É bem verdade que os acidentes são um risco permanente dentro de muitos (e diferentes) ambientes de trabalho, mas há muito o que fazer para reduzir a chance de ocorrência desse tipo de imprevisto.
É importante, por exemplo, evitar trabalhar com fios desencapados ou atravessar fios em áreas de passagem. Trocar as lâmpadas queimadas para iluminar bem o ambiente também é uma ação simples que pode resolver problemas graves.
As formas de lidar com os riscos
Há uma série de providências que a empresa e seus colaboradores podem tomar para lidar melhor com os riscos de acidentes e doenças ocupacionais. Veja só!
Capacitação
A primeira de todas as providências é a capacitação dos colaboradores. É preciso levar essa etapa a sério, pois é aqui que o trabalhador vai aprender a operar o maquinário, a fazer o uso correto dos equipamentos de proteção e a seguir as regras de segurança à risca, de modo a zelar por sua saúde e pela saúde de seus colegas.
EPI
O Equipamento de Proteção Individual (mais conhecido pela sigla EPI) é um item fundamental no controle de riscos ocupacionais. Estamos falando, é claro, da luva do trabalhador que recolhe o lixo, do protetor auricular do músico profissional e do cilindro de oxigênio usado pelo bombeiro antes de entrar em um prédio cheio de fumaça.
Sem os EPIs, muitas atividades importantes para nossa economia e para o bem-estar da sociedade simplesmente não seriam possíveis. Vale lembrar que, em diversos casos, a utilização do equipamento é exigida por lei. Assim, além do risco de acidente ou doença, a empresa também pode ser autuada e multada pelas autoridades caso insista em não adotar o equipamento.
Ambiente
O ambiente de trabalho também tem uma influência muito grande sobre os riscos laborais. Trabalhadores que exercem suas atividades profissionais de forma tranquila e serena têm menores chances de se envolver em episódios ligados a riscos ocupacionais.
Por outro lado, profissionais que sofrem pressão excessiva ou são submetidos constantemente ao estresse têm uma chance maior de se envolver em acidentes ou de esquecer o Equipamento de Proteção Individual, por exemplo.
Seguro
Por mais que façamos uso dos EPIs e por mais que todos os funcionários da empresa estejam devidamente treinados e capacitados, a grande verdade é que jamais conseguiremos eliminar por completo o risco de um acidente ou de contração de uma doença ocupacional.
É por isso que o seguro também é uma medida fundamental para todas aquelas empresas que submetem seus funcionários a qualquer um dos riscos que tivemos a oportunidade de mencionar aqui. Não é por outro motivo que o próprio Ministério do Trabalho criou o SAT, um seguro obrigatório que ampara o trabalhador em casos de acidentes profissionais — as doenças ocupacionais estão incluídas.
O problema é que o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) oferece benefícios extremamente limitados, já que sua função é apenas não deixar o trabalhador completamente desamparado em caso de sinistro. A boa notícia é que a empresa pode procurar uma seguradora de confiança para contratar um seguro contra riscos ocupacionais, de modo a oferecer aos colaboradores um benefício complementar mais condizente com a realidade.
Quando o assunto é saúde, não podemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, não é verdade? Entre em contato com a Mongeral Aegon e entenda como se proteger!