Ser um bom pai: como estamos reinventando a paternidade?
Crescer, estudar, conseguir um bom emprego, conhecer alguém e se apaixonar, e então comprar uma casa e ter um filho. Para a maioria dos homens, esse é o plano ideal de vida. Os conceitos de paternidade e do que significa ser um bom pai vêm mudando. Se o pai de algumas décadas atrás fizesse uma viagem no tempo direto para 2018, certamente não seria considerado um modelo para o filho.
Por outro lado, se o pai de hoje fosse diretamente para o passado, provavelmente seria tido como um pai excessivamente permissivo e uma má influência para o filho.
Essa discrepância de conceitos sobre paternidade acontece devido às dinâmicas sociais que hoje são muito diferentes do que eram no passado. Não estamos dizendo que o seu pai, ou seu avô erraram, mas que foram “pais do seu tempo”. Dessa forma, o presente também demanda pais deste tempo. É sobre isso que vamos falar hoje. Boa leitura!
O que significa ser pai hoje?
Antigamente, um excelente pai era aquele homem capaz de sustentar sua família, chegar em casa à noite, jantar com a esposa e com os filhos, dormir e acordar para mais um dia de trabalho.
O domingo era o dia de levar as crianças na pracinha ou para dar uma volta de bicicleta no parque. Nas cidades maiores, onde os shoppings já se faziam presentes, as praças de alimentação também viviam lotadas de pais cumprindo com excelência sua paternidade dominical, acompanhados de filhos, hambúrgueres e refrigerantes.
Se paramos para analisar com cuidado essas cenas de 30 ou 40 anos atrás, elas parecem um tanto quanto melancólicas quando reveladas à luz da atualidade, não é mesmo? Afinal, ser pai é algo especial demais para ser aproveitado apenas em jantares furtivos à noite ou em tardes de domingo.
Na verdade, esses hábitos paternos do passado criaram uma geração de filhos de pais ausentes, que cresceram tendo que lidar sozinhos com seus medos, inseguranças e sonhos.
Aqueles filhos — que hoje são pais —, talvez por terem experimentado o lado mais difícil de ter um pai somente aos fins de semana, hoje buscam vivenciar uma experiência diferente de paternidade. Isso significa estarem presentes em todos os momentos da vida dos filhos, seja filmando o parto, dando apoio naqueles minutinhos que antecedem o vestibular ou acompanhando o nascimento dos netos.
Hoje, ser pai não é uma função com data de validade como no passado (normalmente, terminava quando o filho completava 18 anos), mas uma experiência de vida; mais ainda, um sentido para a própria vida.
Quais as causas dessas mudanças no papel do pai?
As causas são tão variadas quanto as imposições do mundo moderno. Atualmente, as necessidades de uma criança são muito diferentes que as de algumas décadas atrás. Na outra ponta, o papel do homem na sociedade também mudou bastante. Ser homem, hoje, vai muito além de ser o provedor da família.
A luta por igualdade entre homens e mulheres não é apenas para que elas tenham acesso a direitos que por séculos lhes foram negados, mas também para que os homens assumam deveres que ficaram em segundo plano por tanto tempo. E isso se reflete diretamente na paternidade.
Agora, criar bem um filho não é apenas colocar comida na mesa, mas também ensiná-lo a comer. Não é somente proporcionar a melhor escola, mas educá-lo. Não é só contar uma historinha para a criança dormir, mas despertá-la para um mundo diverso e cheio de possibilidades.
Hoje, não há mais diferenças nos deveres de pais e mães nos cuidados com os filhos. Um bom pai também troca fralda, prepara a mamadeira, faz a papinha e leva no médico. E depois ajuda a lavar a louça!
Que atitudes tomar para ser um bom pai?
Bom, como dissemos no tópico acima, o importante é entender que homens e mulheres têm direitos e deveres iguais, e isso também vale quando o assunto é cuidado com os filhos. No entanto, separamos abaixo três dicas práticas de como ser um bom pai.
Participar ativamente da educação dos filhos
Educar uma criança é diferente de levá-la à escola ou de pagar o melhor colégio da cidade. Afinal, educação não se trata apenas de matemática, biologia e português., mas de preparação para a vida.
Seu filho, assim como qualquer pessoa, enfrentará problemas ao longo da vida que não podem ser resolvidos com fórmulas ou regras gramaticais, mas apenas com os ensinamentos e exemplos proporcionados por um pai presente e consciente do seu papel.
Ser proativo nos cuidados diários
Participar atividade da criação dos filhos, nos mais diferentes âmbitos é parte da tarefa de ser um pai completo. A paternidade é uma experiência de vida e, como tal, deve ser vivida com intensidade, com amor e dedicação.
Dessa forma, estar presente em todos os momentos da vida do seu filho, não completa apenas a formação dele, mas torna você um pai completo.
Garantir a segurança da família
É claro que garantir a segurança da sua família é um dos papeis de todo bom pai. E ele não deve, jamais, ser uma preocupação exclusivamente materna. Investir no futuro dos filhos, proporcionando a eles educação e formas adequadas de se desenvolverem no mundo atual, é de extrema importância.
E como dissemos lá no início do post, a paternidade não tem data de validade, mas é uma experiência que dura toda a vida. Ou mesmo além dela. Fazer um seguro de vida para dar segurança para sua família e seus filhos é uma das demonstrações de amor mais bonitas que um pai pode fazer.
Como você pode ler no post de hoje, e ver no mundo atual, o papel do homem na sociedade se modificou muito ao longo dos anos, o que se reflete nos deveres de um pai.
Dessa forma, ser um bom pai é se envolver diretamente na criação da criança. Em outras palavras, ser um bom pai é ajudar a trocar fralda, preparar mamadeira, fazer comida, cuidar da casa, participar ativamente da educação, da formação emocional e da segurança da prole. E nada disso torna você menos homem, mas um homem completo e, principalmente, um excelente pai.
Sabe aquele amigo que ainda age como um pai da década de 50? Então, ele pode estar online agora. Que tal compartilhar este post nas suas redes sociais para que ele também saiba o que significa ser um bom pai?