Tipos de investimentos: escolha o melhor para o seu perfil
Aplicações são opções interessantes para você conquistar objetivos que requerem recursos financeiros consideráveis, tanto em curto quanto em médio e longo prazos. Contudo, é preciso saber o suficiente sobre os principais tipos de investimento do mercado para que você consiga montar bem sua carteira de ativos, além de planejar adequadamente o quanto investir de suas economias regularmente.
Para lhe ajudar, apresentamos a seguir alguns dos principais tipos de investimento que existem atualmente. Desse modo, você poderá compará-los visando escolher aqueles que estão mais de acordo com o seu perfil. Confira!
Caderneta de Poupança
A caderneta de Poupança talvez seja o investimento mais conhecido do mercado devido a sua tradição. Para investir nela, você deve criar uma conta poupança em uma instituição financeira credenciada e passar a depositar valores que serão remunerados mensalmente conforme regras estabelecidas pelo governo.
Ela possui risco baixo, porém não é tão rentável quando comparada às outras alternativas que você verá adiante. Para se ter uma ideia, em 2016 sua rentabilidade foi de 8,30%, caindo para apenas 1,9% após se descontar a inflação de 6,29%. Já em 2015, a porcentagem final foi negativa, ficando em -2,28%.
Outro dos motivos pelos quais não é recomendada é a sua falta de atratividade no curtíssimo prazo, pois ela não rende diariamente.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa voltado para transações envolvendo títulos públicos federais disponibilizados a pessoas físicas, as quais são feitas geralmente pela internet.
Considera-se que esse tipo de investimento possui baixo risco e custo, sendo de renda fixa. Isso porque dá para se saber quanto será o rendimento obtido na sua aplicação dependendo do tipo escolhido.
Existem títulos pré-fixados e atrelados à inflação que podem ter volatilidade, além dos pós-fixados, os quais podem ficar abaixo da inflação em algumas épocas.
Por isso, é importante avaliar bem as possibilidades de ganhos e as formas de remuneração dos papéis escolhidos para que não sejam muito impactados por fatores mercadológicos, como a própria inflação.
Os títulos públicos são emitidos pelo governo, mais precisamente pelo Tesouro Nacional, que garante o pagamento deles. Quando você adquire um ativo assim, você na verdade está emprestando dinheiro para o governo federal, que remunerará o seu empréstimo com juros.
O Tesouro Direto pode ter alta rentabilidade, conforme ocorreu em 2016, quando o título Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) rendeu 47,81%. Isso até possibilitou que superasse algumas das ações mais valorizadas da Bolsa de Valores brasileira, onde tradicionalmente estão alguns dos títulos que mais geram retornos a investidores.
Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
Letras de Crédito Imobiliário correspondem a títulos de crédito lastreados por crédito imobiliário, servindo para obtenção de recursos financeiros para financiamentos de imóveis. Eles podem ser garantidos por alienação fiduciária de imóvel ou hipoteca.
Dependendo da instituição financeira emissora, as LCIs podem ter rentabilidade diferenciada conforme o prazo de carência acordado.
Outras características positivas desse tipo de investimento são a remuneração pelo CDI, a isenção de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) para pessoa física e a possibilidade de transferência de titularidade.
Há também como resgate o valor aplicado mais os rendimentos após 90 dias conforme negociado previamente em contrato. A rentabilidade também pode variar de acordo com o tempo acordado.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
LCA é um título de crédito nominativo correspondente a uma promessa de pagamento em dinheiro que o investidor adquire. É emitida por instituições financeiras, sendo lastreado em recebíveis originados de transações entre produtores rurais ou cooperativas com terceiros.
São usadas para captação de recursos para empréstimos ou financiamentos relacionados a comercialização, produção, industrialização e beneficiamento de insumos, produtos, implementos ou máquinas envolvidos na produção agropecuária.
O risco do investimento é baixo, não há incidência de Imposto de Renda (IR) e a alíquota de IOF é reduzida a zero. Contudo, para aplicar se faz necessário um valor mínimo.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Os CDBs são títulos que os bancos emitem para captar recursos de investidores pessoas físicas, remunerando-os com juros conforme os valores adquiridos e contratos pré-definidos. Funcionam como empréstimos.
Existem praticamente dois tipos desses papéis: os pós-fixados e os pré-fixados. No primeiro caso, utiliza-se um indexador para fazer o cálculo da remuneração, sendo comumente usado o CDI como base. Já no segundo tipo, você fica sabendo o quanto ganhará no vencimento do título assim que o adquire.
Recibo de Depósito Bancário (RDB)
O Recibo de Depósito Bancário é uma aplicação privada de renda fixa semelhante ao CDB. A diferença é que o CDB pode ser livremente negociado antes do vencimento, enquanto que o RDB geralmente é mais rígido, sendo intransferível e inegociável.
Por conta disso, sua rentabilidade pode ser melhor acordada, sendo ela pós ou pré-fixada.
O RDB conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no valor de até R$ 250.000,00 por CPF.
Para acordos com tempo de resgate inferior a 30 dias, ocorre cobrança de IOF regressivo. Também há incidência de IR.
Debêntures
Debêntures são títulos de créditos representativos de empréstimos que empresas realizam junto a terceiros. Para se emitir uma debênture, uma organização precisa confeccionar uma escritura de emissão. Nela constam direitos, características da negociação e outros pontos como garantias.
Elas são usadas para captar recursos no mercado de capitais visando o financiamento de projetos, de capital de giro, pagamentos de obrigações, entre outras finalidades.
Quem adquire um papel desse passa a receber juros pelo valor aplicado, tornando-se um credor da organização que o emitiu.
Ações da Bolsa de Valores
As ações negociadas nas Bolsas de Valores são títulos de propriedade que investidores adquirem de companhias de capital aberto. Elas são consideradas como renda variável, pois o ganho depende do lucro obtido nas operações de compra e venda desses papéis.
Há dois tipos de ações sendo negociadas no mercado brasileiro: as preferenciais (PN) e as ordinárias (ON).
As do primeiro tipo dão ao seu portador prioridade no reembolso do capital investido caso a empresa emissora venha a falir. Também possuem preferência no recebimento de dividendos da companhia, os quais correspondem a uma porcentagem do lucro obtido.
São descritas com o número 4 após a nomenclatura da ação, como em BBDC4 (ações preferenciais do banco Bradesco). Todavia, há algumas com códigos 5 e 6.
Ações ordinárias entregam poder de voto em assembleias empresariais, possibilitando aos acionistas opinarem e contribuírem com as decisões da organização conforme a proporção dos títulos que possuem. Também dão direito a dividendos.
Essas ações são representadas na bolsa pelo número 3 após a nomenclatura da companhia.
Previdência Privada
Pode-se dizer que a previdência privada é um investimento a longo prazo, garantindo um complemento à aposentadoria pública do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). É regulada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), um órgão do Governo Federal, devendo seguir regras definidas pelo poder público.
Ao aderir a um plano de previdência privada, existe a opção de negociar itens como o valor da contribuição mensal e o tempo em que isso ocorrerá. Quando chegar a época de se aposentar, você receberá valores de acordo com as quantias que contribuiu mais rendimentos gerados no período em que aplicou nela.
Como escolher um dos tipos de investimento
Para você optar por um ou mais dos investimentos acima, é fundamental ter em mente quais são seus objetivos. Por exemplo, se deseja fazer uma grande viagem, adquirir um imóvel ou pagar a faculdade.
Para cada tipo, é preciso pensar no período em que você precisará do valor. No caso de constituir patrimônio ou garantir a aposentadoria, obviamente os investimentos de longo prazo saem na frente, incluindo ações que tendem a se valorizar ao longo dos anos. Se você tem um perfil de investidor com maior tolerância a riscos, vale a pena arriscar nessas opções.
Já para projetos de curto prazo, as opções mais estáveis e seguras podem ser melhores, pois possuem menos riscos. Isso também é recomendado para perfis com maior aversão a arriscar.
Vale frisar que quanto mais cedo você começar a investir, maiores são as chances de obter ganhos melhores, pois poderá testar mais opções em busca de boas oportunidades.
Além disso, é importante pesquisar mais sobre os tipos apresentados acima para entender melhor a dinâmica de cada um, ficando atento a conceitos características financeiras. Entre eles, segurança, riscos, liquidez, porcentagens esperadas de retorno e o tempo necessário para que essas aplicações entreguem bons rendimentos.
Agora que você já sabe sobre os principais tipos de investimento do mercado, que tal começar a aplicar usando o seu FGTS?