Previdência privada: qual o momento ideal para investir?

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 15/02/2017 | Atualizado em 14/10/2022

Uma das maiores preocupações do trabalhador brasileiro é se planejar, de maneira adequada, para o momento da aposentadoria. Em um momento em que a previdência social segue em discussão, a previdência privada volta, mais forte ainda, como a opção mais justa e segura.

Mas você sabe como esse serviço funciona? Quais as suas modalidades e rendimentos? E afinal, quando você deve começar a investir nela? Nesse post, vamos esclarecer essas dúvidas e mostrar a melhor maneira de garantir, agora, a sua aposentadoria no futuro. Confira!

Como funciona a previdência privada?

A previdência privada é uma espécie de aposentadoria que o cliente faz junto ao banco ou outra entidade de previdência para garantir uma renda complementar àquela derivada do INSS no momento que for parar de trabalhar ou se quiser construir algo para seu filho.

Para isso, ele se compromete a fazer depósitos mensais, que serão resgatados no momento escolhido pela pessoa que contratou. Ao contrário da previdência social, cada pessoa pode escolher quanto deseja investir na previdência privada e por quanto tempo, se for um plano aberto.

Ela é dividida em duas grandes modalidades de investimento, que são conhecidas pelas siglas PGBL e VGBL. Vamos falar delas a seguir.

Quais as modalidades de previdência privada?

Os dois tipos mais populares no Brasil são o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O valor do primeiro pode ser descontado no Imposto de Renda até um limite de 12% da renda bruta. No entanto, ele é tributado toda vez que for realizado um saque.

Já o VGBL, embora não possa ser abatido no Imposto de Renda, só é tributado sobre os rendimentos no momento da retirada do dinheiro. Em geral, o VGBL é indicado para quem faz declaração simples no IR, ou seja, quem é isento de IR ou não usa os recursos de deduções.

O PGBL, por sua vez, é indicado para quem faz a declaração completa e tem o dinheiro do imposto de renda retido na fonte. O PGBL e VGBL também apresentam duas modalidades de regime tributário. São elas:




Progressivo

A tributação é sempre de 15% na fonte. Caso sua alíquota seja superior a esta, a diferença será quitada no momento do Ajuste Anual de imposto de Renda. Essa modalidade é recomendada, portanto, para quem terá pouco tempo de contribuição ou ficará na faixa isenta de tributação no momento da aposentadoria.

Regressivo

A taxa de imposto de renda cai de acordo com o tempo de acumulação ou tempo de permanência no plano, exemplo, se você fizer um aporte e não o pagamento mensal ele irá continuar rendendo. A taxa começa em 35% (para até 2 anos) e terminando em 10% (para mais de 10). Portanto, é vantajoso para quem faz um plano buscando um longo prazo até o resgate.

Quando devo investir na previdência privada?

Na previdência privada, não há uma data mínima para o início das contribuições, portanto, vale a lógica do quanto mais cedo, melhor. No entanto, nem sempre é possível ter um orçamento familiar já estável para destinar parte da sua renda para esse tipo de produto.

É importante ter em mente que uma contribuição precoce na previdência privada faz com que a necessidade de aportes para o rendimento esperado seja menor. O ideal é que o investimento nesse tipo de aposentadoria comece em cerca de 10% da sua renda total.

Vale também reforçar que a mordida da Receita Federal fica menor de acordo com o tempo que você espera para fazer um resgate na tabela regressiva. Assim, ao iniciar as contribuições aos 30 anos e realizar o resgate com 60, a alíquota será de apenas 10%. Mas, se você começar a contribuir aos 55 para resgatar aos 60, o imposto pula para 25%.

Além disso, a previdência privada rende juros sobre juros, ou seja, o valor aumenta exponencialmente com o decorrer dos anos. Por fim, é importante não esquecer que a expectativa de vida do brasileiro vem crescendo ao longo dos anos. De acordo com dados do IBGE, a expectativa atual é de 75,5 anos. Isso significa que você precisará viver de aposentadoria e outros rendimentos por quase 16 anos, caso precise se aposentar aos 60.

O que devo levar em consideração na hora de fazer uma previdência privada?

A previdência privada é um investimento seguro e uma opção vantajosa para quem deseja ter uma aposentadoria tranquila, além de ajudar na estabilidade financeira de toda a família por muitos anos.

Mas ela precisa ser realizada com o planejamento adequado desde os primeiros passos, e o investidor precisa levar em conta alguns fatores simples, como quando pretende se aposentar, qual a porcentagem da sua renda poderá ser investida ao longo dos anos e, ainda, qual o nível de padrão de vida ele pretende manter após parar de trabalhar.

Além disso, vale salientar que não é apenas o IR que pesa na rentabilidade da previdência privada. Também existem algumas taxas que precisam entrar nos cálculos. São elas:

Taxa de administração

É o valor cobrado pela instituição financeira para gerir e aplicar os recursos colocados em um plano de previdência privada. O ideal é que essa taxa esteja sempre próxima a 1%. Ela tende a ser inversamente proporcional ao valor inicial investido, ou seja, quanto menor o aporte inicial, maior a taxa de administração.

Taxa de carregamento

Existem dois tipos de cobranças por carregamento — a de entrada e a de saída. Na de entrada, é cobrado um valor sobre a sua contribuição. Caso você invista 200 reais e a administradora coloque uma taxa de 1% (essa taxa pode chegar a 10%, máximo permitido), apenas 199 reais estarão, de fato, entrando na sua conta de previdência.

A de saída é cobrada no momento do resgate e também segue a lógica de quanto mais tempo de contribuição, menores as taxas. Em alguns casos, ela pode ser cobrada quando é feita a portabilidade do plano. Em outros, a taxa não é exigida nem no resgate nem na transferência de planos.

Por fim, lembre-se de fazer uma boa pesquisa antes de escolher a administradora do seu plano de previdência privada. Avalie taxas de administração, carregamento, a confiabilidade da instituição e o tipo de fundo que ela irá investir o seu patrimônio. Em geral, fundos conservadores são menos arriscados, mas garantem rentabilidade menor. Em contrapartida, os mais ousados podem gerar mais renda, mas são menos previsíveis.

Quer ver como funcionaria uma previdência privada para você ou sua família?  Simule aqui.