Descubra onde investir na crise de acordo com a sua idade
Já é difícil investir quando a economia está estável. Em tempos de crise, que a grana fica ainda mais curta, é muito mais complicado escolher um investimento para o dinheirinho suado de cada dia. Com a consolidação do cenário de afastamento da presidente Dilma Rousseff, o mercado tem estado cada vez mais volátil. Patrícia Pereira, especialista em investimento da Mongeral Aegon Investimentos, explica que nessas épocas a melhor solução para quem não tem conhecimento no assunto é deixar que empresas especializadas nisso façam o trabalho para você. “Não está no dia a dia das pessoas acompanharem os mercados como nós acompanhamos. Mercados voláteis têm respostas rápidas e cabe a nós aproveitar isso da melhor forma”, explica.
Segundo ela, a poupança já não é a melhor opção, pois mesmo com a isenção do imposto de renda, tem rentabilidade inferior à maioria das aplicações financeiras de renda fixa. Então, para você que ouve termos como Tesouro Direto e CDB, mas não quer se preocupar em decifrar o economês, o ideal é deixar na mão de quem sabe. “Numa previdência privada, por exemplo, o dinheiro investido por cada cliente está aplicado em investimentos diversificados, escolhidos por profissionais do ramo, de forma a maximizar o retorno e minimizar o risco. Independente da aplicação escolhida, sempre vale destacar que o investidor, antes de tomar qualquer decisão, deve ter em mente o seu perfil de risco (conservador, moderado ou agressivo) e o tempo de acumulação pretendido. E ela indica alguns.
A idade é um elemento relevante antes de tomar uma decisão de investimento, mas a aversão ao risco é tão importante quanto o tempo de acumulação
Jovens de 20 a 35 anos
Os jovens, por disporem de maior tempo de acumulação, podem ser mais ousados nos seus investimentos, tendo uma maior exposição ao risco, para buscar um retorno mais elevado no longo prazo. No entanto, é bom ter em mente que os investimentos podem oscilar bastante, e retornos negativos são esperados em alguns momentos. “A idade é um elemento relevante antes de tomar uma decisão de investimento, mas a aversão ao risco é tão importante quanto o tempo de acumulação”, diz Patrícia.
De 35 a 50 anos
Geralmente pessoas desta faixa etária esperam um retorno em médio prazo, e não podem se arriscar tanto. A regra da diversificação continua importante nessa fase, mas a parcela alocada em investimentos agressivos deve ser gradativamente reduzida, à medida que se avança nessa etapa. Uma atitude moderada, pode ser mais assertiva para este público.
Para os + 50 anos
Nessa idade os projetos de vida já são outros. Muita coisa já se passou, mas outras ainda podem acontecer. A expectativa é por projetos de curto prazo. Embora cada vez mais aposentados continuem no mercado de trabalho, nessa fase normalmente os rendimentos diminuem. Por isso, os investimentos devem ser conservadores e focados em fundos de renda fixa menos arriscados.