Seguro de vida por morte natural: saiba como funciona
Falar sobre a morte não é exatamente uma tarefa das mais agradáveis, não é mesmo? No entanto, fugir do assunto para sempre pode fazer com que não nos planejemos para um evento que terá um impacto muito grande na vida dos filhos, cônjuges e familiares em geral. Por isso, vamos falar aqui sobre o seguro de vida por morte natural.
Foi para evitar que isso aconteça que surgiu o chamado seguro de vida, cujo objetivo é justamente evitar que os entes queridos fiquem desamparados com o falecimento do provedor da casa.
Beneficiário do seguro: entenda aqui quem pode ser incluído
O que é seguro de vida por morte natural?
De forma bastante resumida, um contrato de seguro de vida, como o próprio nome já sugere, tem como objeto a vida do segurado. Em outras palavras, caso o segurado venha a falecer a seguradora se obriga a pagar uma indenização à família ou a qualquer outra pessoa estipulada pelo segurado.
O que diferencia os diversos tipos de seguro de vida é a cobertura. A cobertura mais básica de todas é a do chamado seguro por morte natural, que cobre o risco de o segurado morrer de causas naturais, isto é, em virtude de uma doença eventualmente contraída ou mesmo da idade avançada.
Além da cobertura por morte natural, existem também coberturas adicionais, que amparam o segurado e sua família em um espectro mais amplo de cenários. É o caso, por exemplo, da cobertura por morte acidental, aquela causada por um acidente.
Podemos citar, ainda, o caso da cobertura por invalidez permanente. Essa cobertura lida com o risco de o segurado vir a perder sua capacidade de trabalhar e, consequentemente, de sustentar a sua família.
Outra cobertura que merece ser citada é a antecipação especial por doenças graves. Trata-se de uma cláusula que permite o segurado ou sua família retirarem a indenização antes da ocorrência do evento morte, desde que o segurado venha a contrair uma doença grave, como câncer, AVC ou precise realizar uma cirurgia coronariana.
Esse tipo de cobertura é importante, já que estamos falando de um momento em que a família certamente precisará de recursos para arcar com despesas como remédios, fisioterapeutas, enfermeiros, exames e nem sempre o segurado estará em condições de tomar decisões importantes do ponto de vista financeiro.
Como ele funciona?
O funcionamento do seguro de vida não é muito diferente do funcionamento de outras modalidades de seguro que já estamos mais acostumados, como o seguro de um automóvel, por exemplo. O segurado realiza um pagamento chamado prêmio em favor da seguradora.
Na hipótese de ocorrência do sinistro previsto no contato, a seguradora paga uma indenização para o segurado. A quantia dessa indenização foi estipulada pelo segurado no momento da contratação.
No caso do seguro de vida, o sinistro é o óbito do segurado e não é ele, por motivos óbvios, que recebe a indenização, e sim sua família ou então qualquer outra pessoa que ele indicar no contrato de seguro.
Qual é a importância do seguro de vida por morte natural?
Fazer um seguro de vida por morte natural é importante para proteger a integridade material da família em um momento extremamente delicado, em que já se encontram fragilizados com a perda de um ente querido.
Mesmo que o segurado tenha bens e tenha organizado muito bem a sua sucessão, deixando testamento, legados, imóveis e outros bens, o seguro se mostra importante para as despesas mais urgentes, como é o caso das contas vencidas, despesas médicas e custos com o funeral.
Isso acontece porque a retirada da indenização na seguradora não exige qualquer tipo de burocracia, apenas a comprovação documental do óbito. Assim, o montante não precisa entrar no processo de inventário e esperar até a partilha para que a família possa contar com ele.
Cuidados na hora de contratar
Por mais que o seguro de vida seja importante para proteger a família, isso não quer dizer que temos que sair por aí desesperados e contratar o primeiro produto que aparecer pela frente. É uma escolha delicada que exige alguns cuidados especiais, que o leitor pode não conhecer.
O primeiro cuidado na hora de celebrar um contrato de seguro de vida é analisar cuidadosamente as condições previstas na apólice, especialmente no que diz respeito à cobertura. É bom verificar ponto a ponto todos os riscos expressamente cobertos e expressamente excluídos no contrato.
O contrato deve atender às peculiaridades de cada segurado. Não é bom ter um excesso de coberturas desnecessárias, já que isso encarece o prêmio, mas também não é bom ter uma cobertura que não atenda às necessidades do contratante.
Não existe uma fórmula mágica que possa ser aplicada para todo mundo, na medida em que a necessidade das pessoas costuma ser bastante diferente. O importante é que o contrato se adapte para atender às necessidades de cada um.
Como exemplo, podemos citar o caso de um fotógrafo no auge de sua carreira em que 90% de seu orçamento vem dos seus trabalhos. Para essa pessoa, uma cobertura contra invalidez permanente para o trabalho (como cegueira, por exemplo) é muito importante.
Já para um aposentado que obtém 100% de seus rendimentos da aposentadoria, essa cláusula que acoberta a invalidez permanente já não é tão importante assim.
Por fim, talvez o maior cuidado que deve ser tomado pelo consumidor na hora de escolher um seguro é prestar bastante atenção na instituição que está fornecendo o seguro.
Como estamos falando de um seguro que provavelmente só será resgatado no longo prazo, temos que escolher uma empresa sólida com risco mínimo de se tornar insolvente e quebrar.
Uma boa dica é procurar uma empresa que tenha uma boa reputação e que já esteja no mercado há muitos anos com um histórico impecável.