Previsões do mercado para a economia brasileira em 2019

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 22/02/2019 | Atualizado em 07/10/2022

O que esperar da economia brasileira em 2019? Depois de um período eleitoral turbulento (provavelmente o mais polarizado da história recente do país), a maior parte dos economistas espera que um governo legitimado pelo voto tenha robustez política para aprovar medidas que, embora impopulares, possam trazer bons ventos à retomada do crescimento nacional.

Há uma boa chance, por exemplo, de que a polêmica reforma da previdência realmente saia do papel (crucial para a consolidação do ajuste fiscal) e que o Produto Interno Bruto (PIB) atinja percentual próximo aos 3% no final do ano.

Para que esses prognósticos se confirmem, será preciso que o governo estabeleça uma boa comunicação com a população e o Congresso, bem como que alguns indicadores continuem animando o mercado (como a continuidade da redução da taxa de desemprego e o aumento do consumo das famílias). Mas será que isso vai acontecer?

Se você está confuso em meio a esse turbilhão de sinais dados pela nova equipe econômica, vamos mostrar, a seguir, o que os especialistas estimam para a economia brasileira em 2019!

Previsões para a economia brasileira em 2019 na atividade industrial

A estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de crescimento da atividade industrial em 3%, com base em uma expectativa de aumento do consumo e dos investimentos do empresariado nacional. De acordo com os estudos da CNI, as indústrias da construção, extrativa e de transformação devem se expandir, respectivamente, 0,3%, 2,2% e 4,8%.

Já a produção têxtil também deve colher bons resultados após amargar retração de 2% em 2018. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a tendência é de crescimento de 3% no volume de produção da indústria ligada ao vestuário — otimismo intensificado pela expectativa de reformas da previdência e tributária.

Por fim, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) também faz previsões generosas para a economia brasileira em 2019 no setor automobilístico.

A previsão para o segmento é positiva. Até porque, nesse caso específico, já há registro de crescimento desde 2018. Mesmo com a economia lateralizada, os primeiros 11 meses de 2018 marcaram expansão de vendas em 15% em comparação com igual período do ano anterior. Para 2019, estima-se que o aumento das vendas mantenha-se na casa dos dois dígitos, com percentual entre 10% e 11%.

Juros

economia brasileira em 2019

A taxa Selic é uma meta de juros estipulada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Embora não seja um índice obrigatório, ele serve como balizador sobre o custo do dinheiro para varejo e instituições financeiras, por exemplo.

Essa taxa básica de juros da economia acaba determinando a expansão ou a contração do crédito no país, o que afeta diretamente o desempenho da indústria, só para citar um exemplo.

Além disso, para quem pensa em investir, a Selic é fundamental, dado que é um dos principais indexadores da renda fixa. Tesouro Direto, CDB, Letras de Crédito Imobiliário/do Agronegócio (LCI/LCA) são apenas alguns ativos com títulos referenciados nesse índice.

A taxa Selic é usada como instrumento de contenção da inflação, pois ela determina o nível de consumo no país. Com juros mais altos em todos os setores, há uma redução no consumo e, com isso, a diminuição forçada dos preços.

Já deu para perceber que a Selic é essencial para a retomada da economia brasileira em 2019, certo? Bem, os economistas do mercado financeiro projetam que esse referencial deve permanecer próximo do atual patamar de 6,5% (menor da história).

Com a perspectiva de que a Selic atinja no máximo 7% ao ano, investimentos pós-fixados atrelados a essa taxa de juros tendem a permanecer pouco atrativos. Uma alternativa é migrar para aplicações de proteção financeira, como seguro de vida e previdência privada, bem como títulos prefixados.

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Câmbio

Se você está planejando fazer uma viagem internacional, certamente sofreu em 2018 com o dólar comercial chegando a R$ 4,19 em meados de setembro (nas casas de câmbio, a moeda americana para o turismo ultrapassou a barreira dos R$ 4,40).

Essa subida prejudicou não apenas quem pretendia fazer turismo no exterior, mas também quem trabalha com importação, o setor de aviação comercial, o segmento supermercadista e a indústria de base no geral (com aumento de custos e compressão do lucro).

Nesse aspecto, a previsão para a economia brasileira em 2019 por parte de economistas consultados pelo Banco Central não é tão otimista: estima-se que a moeda norte-americana feche o ano ao redor de R$ 3,80, o que deve continuar melhorando os resultados da balança comercial, mas dando muito trabalho a quem depende de insumos oriundos do exterior.

Inflação

Em 2018, a inflação oficial mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou o ano em 3,75%, patamar ínfimo histórico muito mais decorrente da estagnação econômica (e de uma supersafra agrícola, algo casual ocorrido em 2017 e 2018) do que de um controle de preços propriamente dito.

Para 2019, especialistas projetam inflação na faixa dos 4,01%, dentro da meta de 4,25% estipulada para este ano. Essa perspectiva, aliada à baixa taxa de juros e à redução da taxa de desemprego, sinaliza melhoria econômica, aumento do consumo, maior segurança aos investidores e, com isso, possibilidade de elevação do PIB.

Taxa de desemprego

economia brasileira em 2019

A maior parte dos economistas prevê uma continuidade no ritmo de geração de empregos formais no Brasil, consolidando a recuperação da economia do país em 2019.

Entretanto, analistas indicam que esse crescimento deve ser lento (entre 590 mil e 870 mil vagas). Esses dados não são suficientes para recompor o patamar pré-crise nacional, tampouco para derrubar para um dígito a taxa de desemprego.

A perspectiva de reforma da previdência e de crescimento discreto na quantidade de vagas com carteira assinada fortalece a recomendação de que o brasileiro empregado separe parte de seu orçamento e faça uma reserva de segurança para o futuro.

Esse esforço de aplicação pode ser feito por meio de um investimento de baixo risco, como um Tesouro IPCA + (que assegura ganho acima da inflação, já que paga uma taxa prefixada mais a variação inflacionária), um seguro de vida resgatável ou um plano de previdência privada.

PIB

Por fim, o Produto Interno Bruto (PIB), cujo percentual é reflexo de todos os indicadores citados acima. Com desemprego baixo, juros descendentes, dólar em queda e inflação dentro da meta do Banco Central, o reaquecimento da atividade econômica é inevitável. Isso repercute no PIB mensurado no final do ano.

Com relação a esse indicador, nada melhor do que verificar o que consta no boletim de mercado, conhecido como “Relatório Focus”, divulgado no último dia de 2018 pelo Banco Central.

O documento conta com uma análise feita por diversos economistas que atuam no mercado financeiro. Nesse relatório, a previsão média do PIB para 2019 é de crescimento na faixa de 2,55%, bem acima dos 1,30% estimados em 2018.

Com as previsões de crescimento lento da economia mundial, em virtude de questões como Brexit, guerra comercial EUA-China e redução da liquidez dos bancos centrais, não será nenhum espanto se o PIB brasileiro ficar até mesmo acima da média global.

De toda forma, análises econômicas são apenas fotografias de determinado momento. Para descobrir se esses parâmetros vão se confirmar, é preciso continuar atualizando-se sobre o andamento das reformas prometidas pelo governo, bem como de eventuais mudanças na legislação que facilitem o empreendedorismo.

Se você quer descobrir se esses números realmente serão validados na economia brasileira em 2019, siga-nos nas redes sociais! Estamos no FacebookTwitterLinkedInYouTube e Instagram!

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