Quanto custa criar um filho?

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 13/09/2017 | Atualizado em 24/01/2023

Muitos casais, quando pensam em ter um filho, não demoram a fazer milhões de contas. Fraldas, mobília, roupa, formação escolar, natação, curso de inglês, lazer, entre outras despesas. Da gestação à faculdade, os custos são diversos. Por isso, na hora de pensar em ter um bebê, o ideal é que você também inclua esses custos no seu planejamento financeiro. Mas quanto custa criar um filho?

Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), o custo para criar um filho até os 23 anos pode chegar a R$ 2 milhões.

Só os estudos têm um custo médio de R$ 703,64 mil. Assusta, não? Mas vamos explicar quanto custa criar um filho (em detalhes) e a melhor forma de dar conta dessas despesas!

Confira: quanto custa criar um filho

Gastos por classe social

A pesquisa realizada pela Invent calculou, em diferentes categorias, quanto se gasta para criar um filho durante os anos. Os dados foram analisados de acordo com diferentes classes sociais. Confira abaixo:

Gastos          Classe A               Classe B               Classe C               Classe D

Moradia       R$ 345 mil           R$ 298.200          R$ 61.400            R$ 28.800

Educação     R$ 703.644          R$ 365.900         R$ 185.100          Nulo

Lazer            R$ 421.024          R$ 94.800            R$ 38.800           R$ 4.800

Outros          R$ 616.934          R$ 189.200          R$ 121.800          R$ 20.100

TOTAL          R$ 2,086 mi        R$ 948.100          R$ 407.140          R$ 53.700

Custo por faixa etária

Quanto custa criar um filho?

Pré-natal

Ok, mas quanto custa criar um filho detalhadamente? Essa resposta começa ainda na formação do feto. Se você está pensando em ter filho, as primeiras despesas que virão são as consultas do pré-natal. E não são poucas.

Embora esse número varie, as pacientes costumam ser orientadas a retornar ao consultório do obstetra (mensalmente) até a 23ª semana de gravidez e, a partir da 24ª semana, 2 vezes ao mês até o dia do parto.

Você será encaminhada para fazer exames de sangue e urina, ultrassonografia, triagem de diabetes gestacional e, a depender do grau de risco, alguns exames adicionais, como teste de Coombs (que revela se houve contato entre o sangue materno e o do bebê) e Amniocentese (verificação de eventuais anomalias genéticas no feto).

Se você fizer tudo isso através de consultas particulares, os custos serão altos. Uma consulta com um obstetra sai por, no mínimo, R$ 200,00. Nas clínicas populares, o valor sai em torno de R$ 110,00…cada consulta.

Isso sem falar nos exames (um único ultrassom obstétrico não sai por menos de R$ 120,00) e nos medicamentos (como vitaminas, ácido fólico e hormônios).

Em outras palavras, o custo do pré-natal ultrapassa facilmente a fronteira dos R$ 3 mil. O ideal, portanto, é contratar um plano de saúde com ao menos 6 meses de antecedência, tempo necessário para evitar problemas com carência.

 Parto

Uma reportagem da Revista Exame mostrou que, mesmo quem tem plano de saúde e respeita o tempo de carência, costuma ter problemas para fazer com que as despesas do parto sejam integralmente cobertas pelo plano.

O problema está no baixo valor pago pelas operadoras (um obstetra chega a receber apenas R$ 1 mil em cada procedimento).

Dessa forma, para evitar estresse, é importante lembrar que os custos do parto (particular) ficam entre R$ 10 mil e R$ 32 mil, conforme apuração da própria Exame. É recomendável, portanto, separar um valor dentro desse patamar para tais despesas.

0 a 3 anos

Nessa fase, você terá despesas com itens básicos para proporcionar o conforto/saúde do bebê, como carrinho (em média, R$ 400,00), medicamentos, vacinas, pediatra (a partir de R$ 200,00), babá ou creche, plano de saúde… e fraldas!

Quanto às fraldas, vale lembrar que são utilizadas, em média, 6 fraldas por dia, dos 6 meses a 1 ano e 8 a 10 fraldas por dia, de 1 a 2 anos de idade.

Partindo do conhecimento que uma caixa de fraldas com 60 unidades fica em torno de R$ 80,00, fazendo as contas, chegaremos a cerca de 4.680 fraldas até os 2 anos, o que corresponde a uma média de R$ 6.240,00.

4 a 6 anos

Creche e escola (ou babá) entram na conta. Por consequência, adicione também material escolar, uniformes, transporte (varia entre R$ 90 e R$ 580/mês em São Paulo, por exemplo, segundo o Datafolha), festinhas, presentes aos amiguinhos, etc. O custo total aqui pode superar os R$ 20  mil (trazendo para valores atualizados).

7 a 17 anos

É no ensino fundamental e médio que você começa a entender quanto custa criar um filho. Até os 15 anos, entram no orçamento cursos de idiomas, esportes, roupas, games e mesadas.

Dos 16 aos 17, as demandas se tornam mais complexas, como festas, shows, telefonemas intermináveis, além do (necessário) cursinho pré-vestibular (que pode chegar a mais de R$ 30 mil/ano). Custo total superior a R$ 150 mil (valores atuais).

18 a 21 anos

A grande despesa aqui é a mensalidade da universidade, caso seu filho não estude em uma instituição pública. O valor aqui varia muito, de R$ 450,00 a R$ 5.000,00/mês. Se utilizarmos o exemplo extremo, chegaríamos a R$ 240 mil para um curso de 4 anos (além do material).

Família de pai, filho e mãe olhando tela de laptop

22 aos 23 anos

Esta é provavelmente a última etapa antes da “emancipação” de seu filho. Os custos aqui começam a cair gradualmente, tendo em vista que, em geral, os estudantes nessa idade já estão trabalhando e possivelmente em fase de efetivação. Há, no entanto, alguns custos remanescentes, especialmente se seu filho tiver interesse em fazer uma pós-graduação.

A importância de começar a investir pensando em construir patrimônio para custear todas essas despesas

Assustou-se ao descobrir quanto custa criar um filho? Pois bem, ao esmiuçarmos todas as despesas por faixa etária, talvez tenha feito sentido a tabela que apresentamos no início do post, certo? Não é difícil ultrapassar a margem do milhão, no cômputo total.

Exatamente por isso, muitos especialistas em finanças pessoais recomendam que, bem antes do nascimento do bebê, seja feito um plano de investimentos para formar um capital que dê conta dessas despesas.

Você percebeu que é a partir dos 7 anos que as despesas começam a se tornar mais pesadas, não? Pois bem. Se você fizer, por exemplo, um investimento em previdência privada 3 anos antes do nascimento de seu filho, quando ele chegar aos “temidos” 7 anos, você poderá alcançar um capital próximo de R$ 400 mil (simulando um plano VGBL com rentabilidade anual de 11% e aplicações mensais de R$ 2 mil, já descontado o IR, de 15%).

Além de se perguntar quanto custa criar um filho, o mais importante questionamento é “como angariar recursos”. E seja por meio de uma proteção financeira (como seguro de vida resgatável) ou investimento (previdência privada, Tesouro Direto, CDB), tenha certeza de que as famílias que começam a investir antes do nascimento do filho conseguem desenhar um futuro de sucesso antes mesmo de ele completar 18 anos. O mantra aqui é construir patrimônio.

Outras dicas de planejamento financeiro para saber quanto custa criar um filho

1- Liquide suas dívidas e coloque as contas em dia antes do bebê nascer;

2- Não despreze o potencial de economia que um chá de bebê/fraldas pode trazer ao seu orçamento doméstico;

3- Nem pense em comprometer todo seu salário com roupinhas e acessórios durante a gravidez. O percentual voltado a essa despesa deve ser de 30%;

4- Não deixe a cargo da caderneta de poupança a função de multiplicar seu patrimônio. Um plano de previdência privada, por exemplo, rende bem acima dela;

5- Plano de saúde à criança/adolescente é fundamental. O custo de uma economia nessa área pode acabar se transformando em prejuízo no futuro.

6- Insira seu filho no planejamento familiar desde a infância. Esse hábito ajuda a conscientizar a criança sobre os aspectos financeiros do sustento da casa e certamente tornará os diálogos sobre finanças muito mais simples na adolescência.

O segundo semestre do 2º ano do ensino médio é um bom momento para discutir sobre futuro, escolha na graduação e suas estratégias de preparação. Tudo isso ajuda a tornar as decisões de seu filho mais sólidas e evita desperdícios (começar um curso e não terminá-lo, por exemplo).

Mostramos neste artigo quanto custa criar um filho (em detalhes) e a importância de se preparar financeiramente muito antes da concepção. Assim, complete seu aprendizado, descobrindo agora como montar um planejamento financeiro de longo prazo! Até a próxima!

Conheça o plano de Previdência Vida Toda e saiba como economizar e investir no futuro da sua família.

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