Inflação alta: quais são as causas e impactos no seu planejamento financeiro?

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 24/02/2021 | Atualizado em 04/02/2023

O ano de 2020 fechou com a maior taxa de inflação desde 2016. Muitos brasileiros, diante dos números, começam a se preocupar com os impactos que o aumento dos preços e a redução do poder de compra podem causar no planejamento financeiro. Afinal, alguns dos objetivos estabelecidos sofrem variação significativa em seu valor a partir da inflação alta, o que obriga a readaptar metas e a organizar o orçamento.

É preciso lembrar que o consumo já tem sido prejudicado em razão da pandemia da Covid-19, momento em que muitas empresas tiveram que fechar as portas, o que gerou desemprego e queda na renda do consumidor.

Pensando nisso, e tendo em vista a importância de saber os impactos da inflação para o planejamento, elencamos esclarecimentos sobre o assunto. Assim, você começa o ano avaliando riscos e oportunidades. Confira!

O que é a inflação?

Saiba o que é a inflação alta e como impacta no seu dia a dia

Inflação, em linhas gerais, refere-se a uma unidade percentual que indica o aumento generalizado nos preços de bens e serviços por um período. Essa constante na alta dos valores, entretanto, gera várias consequências para a economia do país. Uma delas é a perda do poder aquisitivo pela população, ou seja, é necessário desembolsar mais dinheiro para manter um mesmo padrão de vida.

Outra grave consequência é a desvalorização da moeda, o que eleva o preço do dólar pela valorização de outras moedas em relação ao real. No cenário geral, a inflação alta também é responsável por incertezas na economia, uma vez que os investidores perdem o interesse em apostar no país em busca de segurança financeira, o que é extremamente desfavorável.

Quais as causas da inflação alta?

São vários os fatores que podem causar a inflação alta. O índice, na verdade, varia de acordo com a oferta e a procura na economia do país.

Ou seja, quanto mais os consumidores demonstram interesse na aquisição de bens e de serviços, e produtos importantes estão escassos, mais ocorre aumento dos preços. Essa relação pode gerar um efeito cascata, por exemplo, quando o produto mais caro afeta toda uma cadeia de produção.

No caso da energia elétrica, esse aumento representa o repasse dos custos no preço final de diversos itens no mercado. Isso pode ser bastante prejudicial para a parcela mais pobre da população, especialmente quando o ajuste é em produtos de necessidade básica.

A alimentação básica, nesse exemplo, encarece e corrói a capacidade de manter um padrão de vida. No setor de serviços, os preços também podem aumentar gastos com educação e saúde, entre outras demandas básicas do brasileiro.

Que impactos a inflação alta gera no planejamento financeiro?

Como se pode perceber, os impactos de um período de alta inflação geram consequências que vão desde o custo de produção na indústria até o preço pago pelo consumidor final nos produtos e serviços essenciais.

Tais reflexos, portanto, não seriam diferentes no que se refere ao planejamento financeiro. Afinal, os objetivos previstos nele podem ser revistos, observado um novo orçamento mensal de custo de vida.

Por exemplo, se você pretende reservar dinheiro para comprar um carro ao fim do ano, precisa considerar que o custo do carro hoje não será o mesmo daqui a 12 meses. Então, a taxa de inflação deve ser acrescida no planejamento. Quanto aos investimentos na crise, é importante entender se eles terão retorno acima da inflação, gerando lucro real.

Afinal, diante da inflação, as taxas de juros em bancos também podem ser elevadas pelo governo federal para aumentar o custo do crédito, desestimulando o consumo e, portanto, reduzindo os preços pela lei da oferta e procura.

Diante dessa situação, serviços de financiamento podem encarecer e desestimular os investimentos, seja em um carro, seja em qualquer outro objetivo.

Por que é importante realizar um bom planejamento financeiro?

Com a inflação alta, saiba a importância de se planejar

Diante de todas as situações previstas, não resta dúvida com relação à importância de saber como montar um planejamento financeiro, avaliando todos os fatores internos e externos capazes de prejudicá-lo. Dessa forma, será possível prever metas e orçamentos que podem ser cumpridos durante os anos, especialmente se os objetivos centrais são de longo prazo.

Além de não frustrar expectativas, um bom planejamento permite avaliar riscos e prever como contorná-los em cada caso. Confira algumas dicas para planejar da melhor maneira considerando os índices de inflação!

Fique de olho nas projeções

A primeira dica é, sem dúvidas, manter-se atualizado sobre os índices de inflação, especialmente nos preços dos produtos e serviços mais utilizados e que têm peso no orçamento mensal.

Desse modo, torna-se possível avaliar como será a evolução de gastos ao longo do tempo com, por exemplo, custo do plano de saúde. Também será possível entender se é preciso adaptar alguma meta diante desses cenários.

Defina suas prioridades

Em momentos de grande incerteza econômica, embora existam previsões de mercado, é importante ter em mente quais são as suas prioridades de gasto e dar destaque aos principais objetivos no planejamento. Afinal, como vimos, o aumento dos custos pode demandar corte de despesas e adaptações para a manutenção do padrão de vida.

Reduza gastos desnecessários

Por último, diante da inflação alta, é importante manter uma certa folga no seu orçamento doméstico familiar. Assim, mesmo que o preço de alguns produtos aumente, você consegue não ter dificuldades financeiras.

Para tanto, reduzir gastos desnecessários pode ajudar. Não deixe de revisitar as suas finanças e ver o que deve ser mantido e o que pode ser eliminado em momentos de crise.

A inflação alta e não controlada modifica o cenário econômico de um país, gerando grande instabilidade e afetando o orçamento das famílias. Nesse sentido, é importante saber quais são as causas da inflação e as consequências a curto e longo prazo.

Com isso, consegue-se analisar os riscos envolvidos para a organização financeira e, se necessário, adaptar as metas previstas.

Essa adaptação, sem dúvidas, ajuda em momentos de crise e evita imprevistos no planejamento. Pode-se dize que observar o aumento do custo de vida e das taxas de investimento permite manter um equilíbrio financeiro que mantenha a motivação de continuar buscando os objetivos, mesmo com alta da inflação.

Gostou do conteúdo? Que tal completar a leitura? Descubra mais sobre o que deve ser levado em consideração no planejamento financeiro!

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