O árduo papel dos profissionais de saúde na luta contra o coronavírus
Desde dezembro de 2019, quando foram notificados os primeiros casos do novo coronavírus pelo governo chinês, as pessoas correm contra o tempo para conterem a contaminação e evitarem mortes da doença ainda desconhecida. Classificada como pandemia, uma vez que a disseminação do vírus se deu a nível global, o problema tem se tornado um desafio, especialmente para os profissionais de saúde.
Estes, afinal, estão trabalhando na linha de frente para isolar e tratar pessoas infectadas e expõem-se, diariamente, a riscos para salvar vidas. Isso ainda sem muita informação sobre as formas eficazes de tratamento e, em muitos locais, com pouco acesso a recursos importantíssimos de proteção.
Buscando demonstrar a importância do profissional da saúde nesses momentos de crise, elencamos alguns tópicos para que você veja como tem sido a rotina daqueles que atuam na saúde ao redor do mundo. Confira!
A importância dos profissionais de saúde no combate ao Covid-19
São diversos os profissionais envolvidos no combate eficaz ao coronavírus ao redor do globo. Desde professores de educação física, que têm orientado sobre atividades físicas durante a quarentena, até psicólogos, que trabalham pela manutenção da saúde mental em tempos tão incertos.
Destacam-se nesse momento, entretanto, médicos e enfermeiros que estão na linha de frente recebendo pacientes em hospitais.
Ainda sem conhecimento suficiente para saber como tratar os casos que evoluem para a forma grave da doença, estes agentes têm sido incansáveis em meio a rotinas estressantes e hospitais lotados à beira de um colapso. Sem contar que, muitas vezes, encontram-se diante da falta de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Os riscos a que os profissionais de saúde se expõem
Os profissionais, buscando a cura de pacientes, expõem-se direta e diariamente a inúmeras pessoas infectadas. Na Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia na Europa, notou-se porcentagem alta de contágio nos ambientes hospitalares. De 40.000 confirmados por coronavírus, 14% deles, ou seja, 5.400, eram profissionais da saúde.
O problema não se esgota em um país. Na Itália e na França também já foram contabilizadas mortes desses verdadeiros soldados que doam a vida. Além disso, à medida que diagnósticos são confirmados, e médicos e enfermeiros isolam-se, mais o sistema de saúde fica sobrecarregado.
Enquanto isso, a população conscientiza-se e valoriza cada vez mais o trabalho na área da saúde. Diversos atos para bater palmas aos os profissionais já foram organizados nesse meio tempo. Ainda de quarentena, brasileiros saíram às janelas para demonstrar apoio e gratidão aos que tanto têm nos ajudado.
A atuação dos profissionais de saúde pelo mundo
Como visto, o papel dos profissionais é árduo e desafiador diante de cenários que podem ser comparados aos de guerra. Confira agora como tem sido a atuação pelo mundo.
Jornadas exaustivas de trabalho
Sem dúvidas, uma das maiores questões no momento é a falta de descanso. Em algumas regiões do globo, pacientes entram e saem o tempo todo das unidades de saúde.
Alguns deles demandam cuidados intensivos, sendo o contato com médicos e enfermeiros ainda mais necessário. A rotina dos profissionais, no entanto, também tem gerado sérios impactos psicológicos.
Não raramente nos deparamos com especialistas que relatam o constante medo pela contração da doença grave, especialmente por aqueles que têm em casa familiares queridos que estão no grupo de risco. Por essa razão, inclusive, muitos que trabalham na linha de frente se isolam voluntariamente.
Ao final de março, na cidade de Campinas (SP), a partir da confirmação de 35 casos de coronavírus, houve um movimento dos profissionais, que se mudaram de casa ou buscaram abrigo provisório para proteger parentes próximos.
Falta de equipamentos de segurança
Outro drama sofrido pelos heróis no combate ao coronavírus é a falta de equipamentos de segurança necessários para evitar o contágio e, portanto, a transmissão do vírus aos demais pacientes hospitalares.
Uma notícia recente, que causou grande comoção por colocar em risco extremo médicos e enfermeiros, foi a distribuição de capas de chuva e óculos de sol como itens de proteção na Índia. Diante da escassez de EPIs, o governo afirma estar tentando conseguir itens adequados no comércio interno e externo.
No Brasil, a situação não é diferente. Mesmo os consumidores sentiram o rápido desaparecimento de álcool em gel nos supermercados. O ministro da saúde, recentemente, alertou para uma provável falta de EPIs e de respiradores no sistema de saúde. Isso porque há dificuldade para a compra de materiais vendidos pela China para o mundo todo.
Cooperação voluntária internacional
Diante de um problema de dimensões globais, profissionais da saúde de diversos países também têm se movimentado para cooperar internacionalmente. Diversos médicos partem para regiões em que o número de vítimas é maior ou nas quais o sistema público de saúde apresenta carência no número de médicos e enfermeiros.
Na metade do mês de março, por exemplo, a Itália anunciou a chegada de 65 médicos provenientes de Cuba. Eles foram aplaudidos ao desembarcarem no país, que já contabiliza mais de 15 mil óbitos em decorrência do coronavírus.
No Brasil, também há um movimento para evitar o colapso no sistema de saúde a partir de iniciativas de seleção e de treinamento de profissionais da saúde e de estudantes de Medicina. No início de abril, à espera do pior cenário, o Ministério da Saúde lançou edital convocando estudantes de medicina e demais áreas da saúde para auxiliarem no combate ao vírus.
A Alemanha, na mesma linha, segue com o recrutamento de estrangeiros na América Latina a fim de suprir a falta de profissionais, lacuna que já existia antes mesmo da pandemia.
Os profissionais da saúde são, por sua atuação, importantíssimos para assegurar a manutenção da saúde de um povo. Esses mesmos especialistas, com muita coragem, agora trabalham na linha de frente para frear a pandemia do Covid-19, que tem assolado diversos países e gerado crises sucessivas.
Cabe a cada um, tendo em vista o árduo trabalho desenvolvido por eles, fazer a sua parte para que a normalidade seja restaurada com a máxima urgência.
A recomendação de órgãos internacionais, nesse sentido, tem sido a de permanecer em casa o máximo de tempo possível para evitar o contágio, o aumento no número de vítimas e os impactos irreversíveis do coronavírus na economia mundial.
Além disso, é importante manter a imunidade e saúde mental em dia para evitar contrair essa ou, até mesmo, outras doenças.