Vale a pena investir em renda fixa em 2020?
Está pensando em investir na renda fixa em 2020? Já chegou à conclusão se Tesouro Direto ainda vale a pena?
Com a Selic no menor percentual da história, muitas pessoas ainda se perguntam se vale a pena investir no Tesouro Direto, especialmente porque a memória de uma Selic em patamares como 18%, 19% e até 24% a.a. ainda está muito viva na mente do investidor.
Em 2003, quando a Selic chegou a 26,50% a.a., quem aplicou R$ 100 mil no início do ano encerrou o exercício com mais de R$ 120 mil em custódia. Só que agora os tempos são outros.
Exatamente por isso, vamos calcular, na ponta do lápis, se ainda é uma boa ideia investir em Tesouro Direto. Confira e não perca dinheiro por falta de informação!
Afinal, ainda vale a pena investir no Tesouro Direto em 2020?
A resposta para essa pergunta depende do referencial de comparação. Para quem tem dinheiro em caderneta de poupança, por exemplo, a resposta é “sim”. Isso porque, atualmente, com Selic a 4,5% a.a., o rendimento da caderneta é de 70% da Selic + TR (que é próxima a zero).
O resultado dessa matemática pode ser visto na prática: em 2019, a poupança amargou rentabilidade negativa (rendeu menos que a inflação), algo que você jamais terá, por exemplo, no Tesouro IPCA+ (a dúvida sobre “poupança ou Tesouro Direto” é a mais simples de ser resolvida).
Por outro lado, o ritmo forte de queda dos juros prejudica o desempenho do Tesouro Selic; hoje, esse ativo paga menos do que muitos planos de previdência privada dotados de estratégias moderadas/arrojadas. O ideal, assim, é fazer aportes menores, diversificar mais a carteira e fugir de títulos indexados a juros.
Qual é o cenário para a renda fixa em 2020?
Para quem quer continuar na renda fixa em 2020, especialmente no Tesouro, a dica é focar prazos maiores, já que, de forma geral, quanto mais extenso o tempo de aplicação, melhor o retorno.
E embora os ativos de longo prazo estejam mais suscetíveis a oscilações, quem mantém títulos do Tesouro Direto até o vencimento garante os juros acordados na compra.
Para 2020, a expectativa do mercado é de manutenção da política de juros baixos, com Selic entre 4,5% e 4,25% a.a., o que praticamente elimina a possibilidade de pensar em Tesouro Selic.
Ao mesmo tempo, a perspectiva de retomada da economia favorece investimentos em ativos ligados à construção civil e ao varejo, abrindo boas oportunidades para os fundos de ações.
Quais as melhores opções para investir no Tesouro Direto?
Poupar ou investir no Tesouro? A decisão sobre se vale a pena investir no Tesouro Direto em 2020 passa pela escolha da instituição que intermediará suas aplicações. Isso porque, até pouco tempo, muitos bancos e corretoras cobravam taxa de administração para lidar com esses ativos.
Considerando que você já terá que pagar a taxa de custódia da B3 (de 0,25% a.a.), bem como o IR (em uma tabela regressiva que vai de 22,5% a 15%), qualquer percentual a mais pode inviabilizar a lucratividade de sua operação de renda fixa em 2020.
Com o prognóstico de que a Selic não mudará muito de rumo, o cenário ideal para quem quer ter algum resultado interessante em Tesouro Direto envolve isenção de taxas da corretora e aplicação acima de dois anos. Dito isso, é hora de estudar a melhor oportunidade entre os três títulos disponíveis.
Tesouro Selic
O mais conhecido dos títulos públicos, o Tesouro Selic (antigo “LFT”) tem rentabilidade diretamente atrelada à Selic, ou seja, se a taxa básica de juros da economia estiver em 18% a.a., seu Tesouro Selic renderá o mesmo percentual.
O fato de ser um investimento de baixa volatilidade o torna mais indicado para quem quer fazer reserva de emergência, já que, se você precisar resgatar o dinheiro antes do vencimento, provavelmente perderá pouco ou talvez sequer perderá dinheiro.
O grande problema é que estamos diante da Selic em sua mínima histórica, o que faz do Tesouro Selic o menos atrativo entre os títulos públicos. Nada recomendável como opção de renda fixa em 2020 (um Tesouro Selic 2025 está pagando atualmente menos de 5% líquido ao ano).
Para 2021, há expectativa de que a Selic retorne a 6,25% a.a.; se isso ocorrer, voltamos a olhar esse ativo com atenção.
Tesouro Prefixado
Em tempos de juros baixos, o Tesouro Prefixado leva vantagem sobre seu primo vinculado à Selic. Trata-se de uma aplicação conservadora e indicada para médio/longo prazo, haja vista que estamos falando de um investimento com taxa fixa.
Ou seja, enquanto, no Tesouro Selic, você conhece apenas o referencial (indicador) que norteará a remuneração, na versão prefixada, você tem exatamente a taxa que será aplicada sobre seu capital (por exemplo, 5% a.a., 6% a.a. etc.).
Existe o Tesouro Prefixado tradicional (que paga juros no vencimento, o antigo “LTN”) e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (que paga juros a cada seis meses, o antigo “NTN-F”).
O conservadorismo do modelo prefixado é interessante em momentos de economia instável, ou quando acredita-se que os juros entrarão/permanecerão em rota de queda. Pode, portanto, ser uma opção de renda fixa em 2020.
Dando uma olhada na tabela de preços e taxas do Tesouro Direto, você encontra opções com remuneração bem acima da poupança, tais como:
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029: 6,67% a.a.;
- Tesouro Prefixado 2025: 6,27% a.a.
Tomando o primeiro título como exemplo, podemos usar a calculadora do Tesouro Direto para entender o que esses juros representam, na prática.
Colocando os dados na tabela, verificamos que quem investir R$ 20 mil em 2/2020, chega ao vencimento recebendo R$ 32.560,33 líquidos (já descontados IR e taxa de custódia). É muito mais do que pagaria a poupança, com sua média de 4% a.a.
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA paga a variação da inflação (medida pelo IPCA) + um percentual prefixado. É um investimento híbrido (pré e pós-fixado), além de ser o único que assegura rentabilidade sempre acima da inflação.
Por ter, entretanto, maior volatilidade no curto/médio prazo, é mais indicado para longo prazo, ou seja, para quem tem um projeto ambicioso para o futuro, como comprar uma casa ou pagar os estudos dos filhos.
É, aliás, esse foco em prazos mais largos que torna tal ativo interessante na renda fixa em 2020, desde que seja mesclado com outros ativos de horizonte extenso, como planos de previdência privada (em uma iniciativa de diversificação da carteira).
Assim como o modelo prefixado, o Tesouro IPCA+ pode pagar juros ao vencimento (NTN-B Principal) ou semestralmente (NTN-B).
Como a MAG Investimentos pode ajudar?
Você já deve ter percebido que, apesar dos juros ao chão, ainda há potencial de ganho com renda fixa em 2020, mesmo em ativos como Tesouro Direto.
Para quem não quer abrir mão dos títulos públicos, é importante lembrar, todavia, que o retorno de 2019 dificilmente se repetirá neste ano.
No ano passado, um Tesouro IPCA+ Juros Semestrais com vencimento em 2045, por exemplo, apresentou incrível rentabilidade de 30,94% no ano (acima do Ibovespa, que rentabilizou 31,6% no mesmo período).
Há possibilidade de colher bons resultados com Tesouro Direto, mas o fiel da balança aqui passa pela isenção de taxa de administração, por aplicações com vencimentos a perder de vista (acima de 10 anos) e pela escolha de papéis menos atrelados aos juros.
Considerando também que as taxas já estão precificadas com o novo cenário da economia, é altamente recomendável destinar um percentual menor de alocação de recursos nesses títulos, pulverizando seu capital em outras aplicações interessantes, como previdência privada, fundos multimercados com ativos financeiros no exterior e até seguro de vida resgatável como reserva de emergência (substituindo o Tesouro Selic nessa função).
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