Como as eleições interferem na economia?
O mês de outubro de 2018 registrou a maior queda do dólar em um único mês desde 2016 (8%); no mesmo período, a Bolsa subiu quase 10%. Ambos os dados são um reflexo da euforia do mercado com o resultado das eleições. Mas por que as eleições interferem na economia?
O candidato a presidente eleito em 2018 se apoia em pautas típicas dos principais manuais do liberalismo econômico — como reforma da previdência, redução de impostos, enxugamento da máquina pública e menor intervenção estatal na economia. Por isso, ele foi “adotado” pelo mercado durante a campanha de 2018.
Nesse período, o que vimos foi uma montanha-russa na cotação dos principais ativos de renda variável. Mas por que ocorre tamanha volatilidade? Ou, ainda mais importante: quais são as melhores aplicações que podemos fazer, agora que já sabemos o resultado das eleições?
Ainda tem dúvidas sobre como as eleições interferem na economia? Então continue a leitura!
Quanto as eleições interferem na economia?
A flutuação intensa do dólar em ano eleitoral
A alta do dólar acontece como consequência de um movimento especulativo em massa. Há milhões de investidores tentando proteger seu capital no mercado de câmbio, comprando moeda estrangeira por receio de que a vitória de um candidato mais intervencionista impeça o país de fazer as reformas necessárias para seu crescimento (tributária, política e previdenciária).
Seguindo as leis básicas de oferta e demanda, o aumento da compra de dólares no mercado à vista aumenta sua cotação, desvalorizando o real. Quando é feita no mercado futuro (contratos de swaps, usados por quem deseja se proteger contra futura volatilidade mais intensa no câmbio), essa compra também influencia o mercado à vista.
Apenas por essas ponderações já dá para ter uma ideia do quanto as eleições interferem na economia, certo?
Uma curiosidade: até o final de agosto de 2018, a moeda norte-americana se valorizou 24% no ano. Em eleições que tinham favoritos considerados “de alto risco” à economia, essa movimentação foi ainda mais violenta: em 2002, o dólar chegou a subir 70% no ano. Em 2014, a volatilidade começou após o primeiro turno, com valorização de 15% em menos de dois meses.
A eleição e seu impacto nos investimentos em ações
A flutuação do mercado acionário é provavelmente o melhor termômetro para mensurar o nível de ânimo ou pessimismo dos investidores com relação aos rumos da política nacional. Essa instabilidade se explica por meio de alguns processos, que veremos agora.
Boa parte do capital que movimenta a bolsa brasileira vem de estrangeiros. A presença ou não de um candidato reformista com chances de vitória, as perspectivas de aquecimento econômico e o crescimento industrial são variáveis que pesam na hora de um investidor “de fora” decidir se mantém ou não suas posições em ações de empresas brasileiras.
No primeiro semestre de 2018, por exemplo, a instabilidade político-econômica foi responsável pela saída de R$ 9,9 bilhões da Bolsa, recorde desde 2008.
Outra questão é que, no que diz respeito ao investidor brasileiro, sua saída ou entrada em ativos em Bolsa depende também da perspectiva de ajuste fiscal, controle de gastos, incentivo à indústria e pouca intervenção na economia.
Um investidor que aplica R$ 500 mil em ativos de uma estatal (como Petrobras), por exemplo, espera valorização de seus papéis. Mas isso dificilmente vai acontecer com uma gestão que se paute em nomeações políticas para cargos executivos, compra de refinarias internacionais de baixo potencial de lucro (por valores superestimados) e contratos baseados em lobby e interesses partidários.
Se um candidato com esse viés estiver liderando as pesquisas, tenha a certeza de que haverá encerramento em massa de posições compradas às vésperas da eleição — derrubando drasticamente a cotação das ações. O contrário vale para um oponente com viés mais técnico e menos intervencionista. Deu para entender a relação entre ideologias políticas e seu impacto nos investimentos?
Esse mesmo raciocínio se aplica para todas as empresas estatais listadas em Bolsa, bem como para a iniciativa privada. Por exemplo, se determinado candidato tiver como mote de campanha o aumento do crédito nos bancos estatais para financiamento da casa própria, as ações do setor de construção civil tendem a se valorizar.
Compreendeu como as eleições interferem na economia?
Agora já sabemos que será uma equipe ultraliberal que vai assumir o comando econômico do país em 2019. Então, continue lendo para entender quais são os ativos com maior potencial de retorno nesse novo cenário!
Ativos de investimento promissores no novo governo
Como montar uma carteira de investimentos favorável à eleição do novo presidente? É consenso entre especialistas que, embora não se possa de forma alguma negligenciar a renda fixa, a hora é de arriscar um pouco mais na composição dos ativos.
Há a perspectiva da retomada dos investimentos em infraestrutura e o anunciado estímulo à agroindústria, por exemplo. Por isso, as debêntures incentivadas com rentabilidade próxima de 100% do CDI e a compra de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) podem gerar resultados interessantes no médio prazo.
O impacto nos investimentos dessa natureza pode ser positivo se as promessas de campanha do novo governo forem mantidas.
A possível retomada da tendência de alta em ativos como Eletrobras, Petrobras, Banco do Brasil e bancos privados (após quedas consecutivas pela incerteza dos resultados eleitorais), torna também o investimento em ações uma estratégia a ser estudada.
No caso das instituições financeiras, a perspectiva de alta se dá pela iminente reforma da previdência — cuja essência passa pelo surgimento de um regime de capitalização que possivelmente será alocado em grandes bancos e seguradoras.
A importância de balancear a carteira com aplicações mais conservadoras, como previdência privada
A possibilidade de aplicação nos ativos citados acima não diminui a necessidade de equilibrar sua carteira com opções de baixo risco e rentabilidade relevante, como a previdência privada.
Aliás, os esboços dos projetos de reforma que têm circulado na imprensa indicam a necessidade ainda maior de pensar em ter um plano PBGL ou VGBL, sem depender do Estado para sustentar-se na terceira idade.
Vale lembrar que esse tipo de aplicação permite recebimento dos recursos de uma única vez ou sob forma de renda mensal. O formato PGBL garante ainda a possibilidade de abatimento de até 12% da renda tributável na Declaração Anual de Ajuste do IR (a quem opta pelo modelo completo).
O futuro Ministro da Fazenda promete alíquota única de 20% de IR mensal a quem não é isento. Por isso, somada com a contratação de um plano de previdência do tipo PGBL, essa mudança pode reduzir bastante a carga tributária em relação ao que você paga atualmente. Tudo isso deve ser bem estudado, equilibrando sua carteira entre renda fixa e variável.
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