Decisão de compra: 6 dicas infalíveis para ajudar
A grande maioria das pessoas já passou pela experiência de se arrepender de ter feito alguma compra. Afinal, principalmente aquelas aquisições realizadas por impulso podem causar mais prejuízos que ganhos. Não é à toa que o percentual de famílias brasileiras endividadas chegou a 62,2% em 2018. É de extrema importância, portanto, ter um processo de decisão de compra que o ajude a fazer boas escolhas.
Saber lidar com o dinheiro é requisito essencial para se ter uma vida de qualidade. Acredite: a falta dessa variável pode causar muitos desequilíbrios.
Para complicar ainda mais, mesmo seguindo a premissa de gastar menos do que ganha, uma pessoa ainda pode sim encontrar dificuldades para lidar com as inúmeras ofertas de um mercado tão consumista.
Criamos este conteúdo com 6 perguntas infalíveis que certamente o ajudarão a decidir por essa compra ou aquele investimento sem a ceder a seduções impulsivas. Confira!
Decisão de compra: 6 dicas infalíveis para ajudar
1. Qual é a necessidade de ter esse objeto?
São milhares os estímulos de compras que podem chegar a uma pessoa em apenas um dia. Seja o mais novo modelo de celular da marca X, um utensílio para casa que pode mudar seu dia a dia ou uma roupa da moda.
O excesso de publicidade pode até fazê-lo pensar que não pode viver sem determinado objeto, caso contrário, sua vida não será completa.
Por essas e outras, o primeiro passo para comprar de maneira consciente é fugir desses jogos emocionais do mercado, entendendo a diferença entre querer e precisar.
Você pode, por exemplo, querer aquela calça da coleção de verão da marca famosa Y, mas será que precisa pagar o triplo do preço só para ter mais uma peça de roupa?
Questionamentos como esse nos ajudam a colocar os pés no chão e a lidar melhor com o hábito de comparar apenas por comprar. Definitivamente, esse é um ótimo primeiro passo!
2. Qual a minha condição financeira atual?
Imagine agora que você realmente precisa da calça da coleção de verão da marca famosa Y. Nesse caso, a próxima pergunta a responder é: você tem dinheiro para isso?
Se a conclusão for negativa, já pode pular para a questão seguinte. Já em casos de dúvida, você pode até escolher comprar, mas à vista.
Usando o cartão de crédito sem pensar com clareza, no fim das contas, você pode acabar contraindo uma dívida que poderia ter sido evitada. Procure ter apenas um bem parcelado no cartão por vez, iniciando um novo parcelamento só quando quitar o antigo. Lembre-se: ter crédito disponível no cartão não equivale a realmente ter aquele valor.
Para quem prefere pagar à vista, a dica é fazer uma espécie de caixinha voltada para essas compras livres, que podem acontecer mês ou outro. Você pode separar R$ 100 mensais, por exemplo, para eventualmente comprar roupas. Assim, se a peça que quer custa R$ 200 e você tem o dinheiro reservado, pode prosseguir com a compra. Se ainda não tiver o montante, a aquisição fica para a próxima vez.
3. Eu realmente preciso disso agora?
Uma das etapas mais importantes da elaboração de um processo de decisão de compra consiste em saber lidar com a ansiedade, que pode roubar sua clareza, fazendo-o agir sem pensar muito. Não é nada raro ver pessoas esperarem horas e horas em filas gigantes para comprar o lançamento do tablet mais esperado do ano.
A vida adulta nos ensina a superar esses desejos repentinos, nos preparando para enfrentar a espera pelo momento mais oportuno. Muitas vezes, refletir sobre esse imediatismo pode fazer com que perceba que ter um objeto é meramente uma maneira de aliviar um estresse ou suprir uma falta.
4. Qual a motivação por trás desse desejo?
Algumas vezes, é preciso fazer ajustes no orçamento familiar para encaixar a compra do objeto ou bem que você tem em mente. Se o dinheiro anda curto e você precisa cortar momentos de lazer e vida social ativa com seus amigos, por exemplo, precisa colocar esse sacrifício na ponta do lápis e avaliar se tal ação vale mesmo a pena.
Se você não se importa de fazer mudanças e pequenos cortes para que a compra se adapte a seu dia a dia, vá em frente! Já se você percebe que a aquisição pode causar dores de cabeça e privá-lo do que é importante para você, talvez a decisão precise ser repensada.
5. O produto é da moda ou atemporal?
É muito comum seguir na onda de comprar só porque os outros estão comprando. Para um consumo mais consciente, porém, fazer essa pergunta é essencial. E o mercado da moda exemplifica bem a questão.
É verdade que algumas peças são únicas e atrativas, mas será que daqui a 6 meses elas ainda vão ser usadas? Será que a estampa da camiseta de hoje não vai ser substituída pela da próxima estação? Peças atemporais, utensílios tradicionais e dispositivos básicos dificilmente são compras em vão.
Mas não entenda errado: isso não significa que tudo o que você compra deve ser clássico. No entanto, também não precisa ficar obsoleto em menos de 6 meses! Refletir sobre o ciclo de vida do produto que você adquire hoje é cuidar tanto da sua saúde financeira como do uso dos recursos naturais do planeta.
6. Dá para encontrar um preço mais em conta?
Você chegou até aqui decidido que comprar determinado objeto é mesmo a melhor escolha para o momento. Agora é hora de entender se esse mesmo bem pode ser encontrado com um valor mais em conta para aliviar seu bolso!
Pesquisar pelo melhor preço em diferentes estabelecimentos é fundamental para que você faça uma boa compra. Se essa avaliação for feita com tempo e com um estudo de mercado, você ainda pode aproveitar promoções de datas especiais conhecidas por boas ofertas, como é o caso das compras de final de ano.
Como você viu, contar com um processo para ajudá-lo em suas decisões de compra é uma atitude imprescindível para o bem da sua saúde financeira.
Com uma sequência de perguntas que o levem direto ao ponto, você evita gastos desnecessários e facilita a economia de dinheiro. Dessa forma, você ainda pode aproveitar oportunidades mais benéficas para seus objetivos!
Gostou das nossas dicas? Então aproveite e compartilhe essa sequência de boas práticas com seus amigos em suas redes sociais!