7 erros de investidores iniciantes e como evitá-los
Quais são os principais erros de investidores iniciantes? Uma infinidade de erros pode fazer uma pessoa não alcançar a rentabilidade esperada em uma aplicação financeira: volatilidade repentina do mercado, assimetria de informações, mudanças na legislação, entre outros vendavais que sopram no mercado.
Esses são os infortúnios que estão fora do controle do investidor. No entanto, muitas perdas financeiras não ocorrem por essas razões de “força maior”, mas por equívocos que poderiam ser evitados.
Quer saber quais os mais frequentes erros de investidores iniciantes e, principalmente, como evitá-los? Então confira agora em nosso artigo de hoje!
1. Não ter uma reserva de emergência
Quer investir? O passo elementar é formar uma reserva de emergência. O grau de risco de um investimento está menos no ativo em si mesmo e muito mais no perfil do investidor que o gerencia.
Por exemplo, quanto menor for a capacidade financeira do investidor, maior o risco a que ele se submete (e aí independe da aplicação). Dessa forma, antes de fazer um investimento, preocupe-se em construir uma reserva financeira, que pode ser feita com plano de previdência privada, seguro de vida resgatável ou uma simples poupança inicial.
Para fazer uma reserva de emergência, você deve seguir os seguintes passos:
- registre suas receitas e despesas em uma planilha de orçamento pessoal;
- faça uma divisão nas despesas (por cores), separando “essenciais”, “úteis” e “supérfluas”;
- elimine temporariamente o máximo de despesas supérfluas que você tenha;
- renegocie despesas (não é difícil renegociar o valor do plano da academia, da TV a cabo ou da conta de celular);
- compre apenas à vista (para obter descontos e deixar de perder dinheiro com juros);
- estabeleça uma meta de poupança mensal;
- aplique os valores angariados em uma proteção financeira/investimento de baixo risco (como previdência privada, seguros de vida ou uma aplicação em renda fixa atrelada à inflação).
2. Não saber seu perfil de investidor
Bom, se você já conseguiu alocar algum capital em uma aplicação ou proteção financeira de baixo risco, parabéns, você está apto agora a estudar seu perfil de investidor.
É importante lembrar que estamos diante de um dos mais comuns erros de investidores iniciantes. Vamos lá descobrir pistas sobre essa questão.
Em relação ao grau de tolerância ao risco, geralmente, os investidores são divididos em 3 categorias: arrojado, moderado e conservador. O problema é que quem faz uma análise “hermeticamente fechada” como essa, desconsidera o fato de que as pessoas mudam de características ao longo da vida.
Dessa forma, é fundamental entender que o perfil de risco é o produto do cruzamento de variáveis como:
- idade;
- nível de rendimentos;
- presença de reserva financeira;
- nível de conhecimento do mercado financeiro;
- prazo idealizado para alcance dos objetivos;
- apetite de risco.
Por exemplo, quanto menor for sua idade, seu grau de rendimentos, seu conhecimento no mercado financeiro, bem como o prazo para materialização de seus objetivos, menos indicados serão a você os ativos de renda variável. CDBs, títulos do Tesouro Direto e LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário/do Agronegócio) oferecerão mais proteção em cenários como esse.
Por outro lado, a recíproca é verdadeira: se você tem reserva financeira, é jovem, expert no mercado e tem grande apetite de risco, é possível se lançar na montagem de uma carteira com mais de 50% em ativos de renda variável.
3. Não estudar sobre investimentos antes de começar
Se você não sabe para onde está indo, será difícil chegar a algum lugar em segurança. O mundo dos investimentos é repleto de siglas: CDB, LCI, CDI, COE, CRA, SELIC: você sabe o que são essas siglas? Se a resposta é negativa, nem pense em se jogar no mercado financeiro agora.
O momento é de estudar não somente os tipos de investimentos, mas também como fatores macroeconômicos afetam sua rentabilidade.
Por exemplo, a Selic abaixo de 8,5% é ruim para quem tem dinheiro na caderneta de poupança; inflação alta é interessante para quem tem posição em um Tesouro IPCA + Juros Semestrais; em tempos de crise econômica, as chamadas “ações defensivas” são as mais indicadas na bolsa de valores.
Deu para ver que o universo de informações é extremamente amplo, certo? Pois os erros de investidores iniciantes costumam passar pela falta de conhecimento dessas questões.
4. Apostar todas as fichas em um único investimento
O mantra do investidor de sucesso atende pelo nome de diversificação. Quando você diversifica suas aplicações, você dilui os riscos e os impactos que uma eventual queda de um ativo possa ter sobre seu patrimônio global investido.
Quem investe tudo em um único ativo, corre riscos extremos: se estivermos falando de uma ação e ela se valorizar, você terá rentabilidade bem acima do mercado; no entanto, em caso de queda, suas perdas poderão te expulsar do mercado. Prudência é sinônimo de diversificação: não respeitá-la é um dos mais imperdoáveis erros de investidores iniciantes.
5. Aplicar nos chamados “micos” da bolsa de valores
“Micos” são ações de empresas falidas ou em recuperação judicial. Algumas têm ações na bolsa de valores, cotadas na casa dos centavos. Essas empresas costumam não ter uma política de governança muito transparente, o que significa que montar posição em ativos como esses é jogar seu dinheiro à mercê da sorte.
Já falamos em outro artigo sobre o perigo das bolhas e desses micos. Dê uma olhadinha no post que fizemos sobre como montar uma carteira de ações!
6. Impaciência com a lei de oferta e demanda
Os mercados são regulados pelo resultado entre a força compradora e a vendedora. Por exemplo, grosso modo, quando o fluxo de dólares que entra no país é maior do que sua saída (tornando a demanda maior do que a procura), a cotação cai.
Por outro lado, em momentos de tensão político-econômica, os investidores retiram do país, levando-o para mercados mais estáveis. O menor volume de dólar, aliado à sua maior procura, faz sua cotação ir lá para cima. Poderíamos dar exemplos parecidos com quase todos os ativos do mercado.
O problema é que quem está começando a investir costuma não ter “sangue frio” para suportar ver seus ativos se esfarelando ao sabor de alguma notícia amarga do mercado. A precipitação fala mais alto e….prejuízo à vista.
Investidor experiente sabe o que está fazendo porque estuda todas as variáveis antes de comprar ativos. Assim, ainda que haja volatilidade no curto prazo, há a convicção de recuperação posterior. A falta de paciência é destaque entre os erros de investidores iniciantes.
7. Ceder ao efeito manada
Eis um dos fenômenos comportamentos mais debatidos pelo mercado. É um dos erros dos investidores mais vistos, porém, continua a acontecer. Trata-se de um efeito dominó, quando um movimento de um grupo desencadeia um efeito em massa, onde todas as pessoas passam a agir da mesma forma, mesmo sem saber bem se essa ação (condicionada) é racional.
Entenda que nenhum preço sobe para sempre. Em algum momento, haverá um recuo nas cotações, já que os investidores, satisfeitos com seu lucro, vão desfazer posições. Isso é salutar no mercado. Cuidado para não entrar no desespero do efeito manada.
Viu o jogo dos 7 erros de investidores iniciantes? Você comete algum? Se sim, comece lapidando seus conhecimentos: assine nossa newsletter e receba em seu e-mail os mais importantes conteúdos sobre o mercado financeiro e finanças pessoais!