Aleitamento materno: entenda a importância
Poucos atos simbolizam melhor a relação entre mãe e filho do que o aleitamento materno.
Ao sugar do seio o alimento ideal para seu desenvolvimento, a criança não só tem mais chances de crescer de forma saudável. Também estreita os laços com quem a colocou no mundo.
Por isso, para saber mais sobre a importância desse ato, quais são os principais benefícios e desafios e de que forma ela se relaciona com outros conceitos, como o de alimentação complementar, continue a leitura e entenda tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Qual a importância do aleitamento materno?
É consenso entre os especialistas de que o aleitamento materno (ou seja, alimentar o bebê com o leite proveniente do seio da mãe) é fundamental para as crianças.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), inclusive, recomenda que bebês até os 6 meses de idade devem receber como alimento apenas o leite materno. Ou seja, excluindo até mesmo os outros líquidos, como água, chás, sucos e leites de outras origens.
Há evidências que reforçam a importância da alimentação materna já na primeira hora de vida.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que a mãe alimente o bebê com seu seio já na primeira hora de vida, se ela tiver condições e se for o seu desejo.
Acredita-se que esse ato simples reduz a mortalidade neonatal. Ou seja, aquela que acontece até o 28º dia de vida de um recém-nascido.
Além disso, bebês alimentados apenas com leite materno adoecem menos e têm um organismo mais forte para combater infecções. Isso evita alergias e algumas doenças crônicas.
Outro problema de ignorar o aleitamento materno é que certos alimentos podem oferecer riscos ao bebê. Seja pela sua baixa qualidade nutricional ou pela presença de agentes contaminantes.
Emocionalmente e de forma social, o aleitamento materno também oferece benefícios para as crianças e para os responsáveis pela sua criação.
Evidências apontam que crianças amamentadas pelo tempo adequado são mais sociáveis, seguras e alcançam maior pontuação em testes de desenvolvimento.
Se o aleitamento for exclusivo pelo menos até os 4 meses de idade, as chances de a criança apresentar um desempenho intelectual maior crescem bastante, principalmente se comparadas a bebês que não tiveram essa oportunidade.
E qual a função da alimentação complementar?
Já a alimentação complementar, como o próprio nome indica, é o grupo de alimentos oferecidos ao bebê a partir do seu sexto mês de vida. Portanto, após o período ideal para a alimentação baseada exclusivamente no leite materno.
A partir desse ponto, nem sempre o alimento obtido do seio da mãe é suficiente para suprir as necessidades alimentares da criança.
Esses alimentos podem ser especialmente preparados para a criança ou ainda consumidos pelos demais membros da família, com as devidas adaptações.
Em geral, uma boa alimentação complementar reúne alimentos sem muito sal ou açúcar, de fácil digestão, que tenham boa aceitação pela criança, ricos em nutrientes, sem contaminação por produtos químicos ou micro-organismos e que tenham custos acessíveis para a realidade da família.
Vale reforçar que a introdução da alimentação complementar não dispensa a necessidade da continuidade do aleitamento materno.
Se possível, ela deve seguir pelo menos até que a criança complete 2 anos. Assim, nenhum alimento deve substituir a mamada. Ainda que, com os demais oferecidos, a criança passe a ingerir cada vez menos leite.
Quais são os principais desafios do aleitamento materno?
Felizmente, o Brasil apresenta bons números relativos ao aleitamento materno. De acordo com dados preliminares de 2020 do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENAIL), 53% das crianças brasileiras ainda é amamentada no primeiro ano de vida.
Já entre aquelas com menos de 6 meses, o leite materno é o alimento exclusivo para 45% delas. Entre as menores de 4 meses, a exclusividade na alimentação atinge os 60%.
Ainda assim, existem diversos desafios para fortalecer cada vez mais esse hábito entre mães e filhos.
Para isso, é fundamental que exista apoio em todas as esferas da sociedade. É essencial, por exemplo, que as condições de trabalho garantam aos pais a possibilidade de manter o aleitamento materno pelo maior tempo possível.
Além disso, não deve existir constrangimento para mulheres que desejam alimentar seus filhos em público, por exemplo.
Tal ato deve ser não apenas incentivado, mas também encarado com naturalidade por toda a sociedade, onde quer que seja.
Por fim, os órgãos públicos devem manter campanhas de conscientização e orientação sobre os benefícios do aleitamento materno, incluindo nisso o suporte para as mães que possam apresentar alguma dificuldade para alimentar seus filhos, seja por problemas de ordem emocional, fisiológica ou mesmo econômica.
No longo prazo, o benefício dessas ações supera apenas aqueles obtidos pelas crianças e favorece toda a sociedade.
Com bebês bem alimentados, o número de doenças diminui, reduzindo o peso sobre o sistema de saúde e os custos desses problemas. No mais, essas crianças estarão mais aptas a desenvolver todo o seu potencial.
Os benefícios da alimentação complementar
E é claro que a alimentação complementar tem a sua importância. Se bem implementada, ela também traz uma série de benefícios para o desenvolvimento infantil.
Com isso, a introdução de novos alimentos desempenha um papel importante na garantia da segurança alimentar das crianças.
Segurança alimentar é um termo que implica a garantia de alimentos em quantidade e qualidade, respeitando sempre as características da população em questão.
Assim, é indispensável que as mães consigam introduzir novos alimentos à dieta dos seus filhos, sempre de forma correta e no momento mais apropriado.
Além de garantir a complementação dos nutrientes que a criança precisa para se desenvolver a partir de determinado estágio da vida, a oferta de novos alimentos ajuda na consolidação de hábitos que serão levados para a vida toda.
E eles podem repercutir de maneira negativa ou positiva na saúde do indivíduo, já que uma alimentação inadequada desde cedo favorece o surgimento de algumas doenças crônicas, por exemplo.
São inegáveis os benefícios do aleitamento materno. Por isso, cabe destacar novamente que ele deve ser mantido como fonte de alimentação exclusiva ao menos pelos 6 meses iniciais.
A partir disso, a alimentação complementar deve ser inserida, sempre com os cuidados necessários. Com isso, o bebê só tem a ganhar a cada etapa do seu desenvolvimento.
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