Um dos aspectos mais importantes durante a gravidez é a alimentação. Ao longo de todas as semanas de gestação, o pequeno ser que está se desenvolvendo dentro de você depende diretamente dos nutrientes que recebe por meio da sua dieta. Por isso, manter uma alimentação equilibrada e nutritiva é fundamental para garantir o bom desenvolvimento do bebê e a saúde da futura mamãe.
Neste post, você vai descobrir o que comer na gravidez, quais alimentos são indispensáveis, o que deve ser evitado e como adaptar sua rotina alimentar de forma prática e saudável — sempre com foco no bem-estar das duas vidas envolvidas. Confira!
Por que a alimentação na gravidez é importante?
A gravidez é um processo repleto de transformações físicas, hormonais e emocionais. Essas mudanças são essenciais para preparar o corpo da mulher para o parto e garantir o desenvolvimento saudável do bebê ao longo de toda a gestação.
Nesse cenário, a alimentação desempenha um papel fundamental — ela fornece energia, favorece o crescimento fetal, contribui para a saúde da gestante e ajuda a prevenir diversas complicações e sintomas da gravidez. Confira a seguir os principais motivos pelos quais manter uma alimentação equilibrada na gravidez é tão importante:
- formação dos órgãos e tecidos do bebê: vitaminas como o ácido fólico, ferro e cálcio são fundamentais para o desenvolvimento do cérebro, dos ossos e da medula espinhal;
- prevenção de doenças congênitas: uma boa nutrição reduz o risco de malformações e complicações durante a gestação;
- fortalecimento do sistema imunológico da gestante: a gestação exige mais do corpo, e uma alimentação adequada ajuda a manter a mãe mais protegida;
- controle do ganho de peso: ajuda a prevenir diabetes gestacional, hipertensão e outras complicações que podem impactar mãe e bebê;
- preparação para o parto e amamentação: nutrientes acumulados ao longo da gestação também ajudam no processo de recuperação pós-parto e na produção de leite.
Alimentos recomendados durante a gravidez
Agora que você já compreendeu a importância da alimentação durante a gravidez, surge a próxima dúvida: afinal, o que comer nesse período? De forma geral, os alimentos mais indicados para a dieta da gestante são aqueles ricos em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais, proteínas de qualidade, fibras e gorduras boas.
1. Vegetais e folhas verdes
Ricos em ácido fólico, ferro e fibras, os vegetais verdes ajudam na formação do tubo neural do bebê e previnem a anemia. Inclua espinafre, couve, rúcula e brócolis nas refeições diárias, sendo indicados até mesmo para o período de puerpério.
2. Grãos integrais
Fontes importantes de energia e fibras, os grãos integrais ajudam a manter o intestino regulado e controlam os níveis de açúcar no sangue. Aveia, quinoa, arroz integral e pão integral são boas escolhas.
3. Proteínas magras
Essenciais para o crescimento do bebê e a manutenção muscular da gestante, as proteínas magras devem fazer parte da rotina alimentar. Aposte em frango, ovos bem cozidos, peixes assados, feijão e lentilhas.
4. Laticínios pasteurizados
Ricos em cálcio e vitamina D, os laticínios fortalecem os ossos da mãe e do bebê. Prefira leite, queijos brancos e iogurtes pasteurizados para evitar contaminações e garantir uma nutrição segura.
5. Gorduras boas
As gorduras saudáveis auxiliam no desenvolvimento cerebral e visual do bebê. Consuma abacate, azeite de oliva, castanhas e sementes com moderação para garantir energia e saúde cardiovascular durante a gravidez.
6. Frutas variadas
As frutas são fontes naturais de vitaminas, antioxidantes e fibras. Ajudam a fortalecer a imunidade e evitar constipação. Inclua opções frescas e coloridas como banana, laranja, mamão, maçã e morango.
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Alimentos que devem ser evitados na gestação
Na gestação, certos alimentos podem oferecer riscos à saúde da gestante e do bebê, pois podem conter microrganismos ou substâncias prejudiciais. O consumo inadequado pode levar a infecções, intoxicações alimentares ou até interferir no desenvolvimento do feto. Veja os principais que devem ser evitados:
1. Carnes cruas ou malpassadas
Podem conter bactérias como Salmonella e E. coli, além do parasita Toxoplasma gondii, que causa a toxoplasmose. Sempre consuma carnes bem cozidas e preparadas com higiene adequada.
2. Queijos moles e não pasteurizados
Queijos como brie, camembert e gorgonzola, se não forem feitos com leite pasteurizado, podem conter Listeria, uma bactéria que atravessa a placenta e pode causar aborto ou parto prematuro.
3. Ovos crus ou malcozidos
O consumo de ovos com gema mole ou crus (em maioneses e sobremesas, por exemplo) aumenta o risco de contaminação por Salmonella, o que pode causar febre, vômito e desidratação.
4. Peixes crus e frutos do mar
Sushi, sashimi, ostras e mariscos crus devem ser evitados na alimentação do bebê devido ao risco de contaminação por parasitas e metais pesados como mercúrio, que podem afetar o sistema nervoso do feto.
5. Bebidas alcoólicas
O álcool atravessa a placenta e pode afetar o desenvolvimento do cérebro do bebê. Não existe uma quantidade segura para o consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação.
6. Cafeína em excesso
Altas doses de cafeína podem aumentar o risco de aborto espontâneo ou baixo peso ao nascer. Prefira limitar o consumo de café, chás com cafeína e refrigerantes a no máximo 200 mg por dia.
Suplementos durante a gestação: quando são indicados?
Durante a gravidez, as necessidades nutricionais da mulher aumentam — e, em alguns casos, a alimentação sozinha pode não ser suficiente para suprir todas as demandas do corpo da gestante e do desenvolvimento do bebê. É aí que entram os suplementos nutricionais, sempre indicados com acompanhamento médico.
Os principais suplementos utilizados durante a gestação incluem:
- ácido fólico: indispensável no início da gestação para evitar problemas no tubo neural do bebê;
- ferro: previne a anemia, condição frequente entre gestantes;
- cálcio: importante para o desenvolvimento ósseo do bebê e a saúde dos ossos da mãe;
- vitamina D: atua na absorção do cálcio e no fortalecimento do sistema imunológico;
- ômega-3 (DHA): contribui para o desenvolvimento cerebral e da visão do bebê.
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Benefícios da alimentação balanceada na gestação
Com base em tudo que foi visto, os principais ganhos que a mãe e o bebê podem obter com uma alimentação saudável são:
- melhor imunidade;
- formação e desenvolvimento ósseo saudável do bebê;
- menor risco de problemas como parto prematuro, aborto espontâneo ou bebê natimorto.
Esperamos que as dicas compartilhadas neste conteúdo sobre alimentação na gravidez tenham ajudado você a entender melhor como cuidar da sua saúde e da do seu bebê por meio de escolhas nutricionais conscientes.
Lembre-se: uma gestação saudável começa com pequenos hábitos diários. E, sempre que possível, conte com o acompanhamento de profissionais especializados para orientar sua alimentação nessa fase tão especial. Continue navegando no blog Jornadas da Vida e descubra muitos outros conteúdos, como este: primeiros cuidados com recém-nascido após o parto. Confira!