Gravidez e cuidados

O que é trombofilia na gravidez? Saiba quais são os sintomas e como evitar

A trombofilia na gravidez exige cuidados específicos, tanto para a mãe quanto para o bebê. Esse é um problema relativamente […]

27/06/20238 mins
Trombofilia na gravidez

A trombofilia na gravidez exige cuidados específicos, tanto para a mãe quanto para o bebê. Esse é um problema relativamente frequente, que pode representar um grave risco para a saúde de todos os envolvidos. Estamos falando do aumento das chances de formação de trombos nos vasos sanguíneos.

Por isso, no período de gestação, tão cheio de descobertas e atenção, é preciso seguir à risca as recomendações de pré-natal. Para aprender mais sobre esse tema, continue a leitura e saiba quais são as principais informações sobre a trombofilia na gravidez.

Neste post, você vai entender como identificá-la, tratá-la e prevenir o seu aparecimento. Confira!

O que é a trombofilia na gravidez?

Ao analisarmos bem a palavra trombofilia, conseguimos ter uma boa ideia do que ela significa. O sufixo -filia vem do grego, e está relacionado ao conceito de afeição, atração ou apreço. Ou seja: estamos frente a uma situação em que há uma maior probabilidade da formação de trombos.

Na trombofilia, a gestante tem maiores chances de desenvolver coágulos em suas vias sanguíneas, como veias e artérias. Vale lembrar que há um processo natural em curso na gestante, que tem relação com uma reação do próprio organismo.

Aqui, ele prepara o corpo para o sangramento na hora do nascimento do bebê e, consequentemente, faz com que o sangue fique “agregado”. Por isso, a trombofilia em gestantes é ainda mais perigosa, pois os fatores se somam. 

Quais são as causas desse problema na gestação?

Muitos fatores podem estar relacionados com o surgimento da trombofilia. O primeiro é a hereditariedade, fazendo com que a pessoa tenha uma propensão genética mais acentuada a desenvolver esse problema.

No entanto, há também as trombofilias adquiridas, que podem estar associadas a uma grande variedade de alterações do organismo. Elas podem ou não ter relação com a gestação. Alguns fatores de risco mais frequentes são:

  • câncer;
  • períodos de grande imobilização (cirurgias, acidentes, viagens muito longas);
  • uso prolongado de anticoncepcionais hormonais;
  • síndrome do anticorpo anti-fosfolípide;
  • problemas autoimunes;
  • terapias de reposição de hormônios;
  • obesidade.

Quando associados à gestação, tais aspectos aumentam as chances de uma trombofilia na gravidez. Vale a pena ressaltar, no entanto, que nem todas as pessoas que passam por esse tipo de situação vão desenvolver a trombofilia.

Da mesma forma, mulheres que não se enquadram em nenhum desses grupos também podem sofrer com essa condição. Por isso, é importante que todos estejam igualmente atentos aos sintomas desse problema.

Quais são os sintomas da trombofilia na gravidez?

Para ajudar a identificar a trombofilia na gravidez, é importante entender os sinais que ela costuma enviar ao organismo. Veja os principais sintomas da trombofilia gestacional, a seguir!

Inchaços

Um dos principais sintomas de trombofilia é o inchaço, seja ele repentino, seja com progressão de alguns dias, de determinada área do corpo. Por exemplo: ter as pernas inchadas pode indicar que há um trombo em algum ponto desse membro.

Aumento da temperatura

Da mesma forma que o inchaço, o aumento da temperatura pode ser percebido caso a pessoa tenha um trombo ativo em seu corpo. Vale lembrar, no entanto, que apenas a área afetada ficará mais quente. Ou seja: não há um quadro de febre e de aumento generalizado da temperatura corporal.

Dor constante

A dor também é muito frequente e constante. Ela surge de repente e se mantém, sem descanso, independentemente de a pessoa estar parada ou se movimentando. 

Alteração da cor da pele

Outra característica muito frequente desse problema de saúde é a alteração da cor da pele na região afetada pelo trombo. Nesses casos, a área pode se tornar avermelhada, arroxeada ou enegrecida, caracterizando a dificuldade da passagem do sangue por ali e um consequente “empoçamento”.

Falta de ar

A falta de ar também pode acontecer, principalmente, quando o trombo está localizado na região do pulmão. Esse é um sinal de alerta que pode ter várias causas, portanto, deve ser visto como uma emergência.

Abortamentos frequentes

Outro destaque entre os sintomas aparece em mulheres que sofrem abortamentos frequentes, sem conseguir levar uma gravidez adiante. Caso isso esteja acontecendo com você e a trombofilia ainda não tenha sido investigada pelos seus médicos, busque uma nova consulta.

A maior parte dos sintomas da trombofilia na gravidez aparece apenas após a instalação de um trombo no organismo da gestante. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito de forma precoce, sem que os sinais já tenham aparecido.

Como é feito o diagnóstico do problema durante o pré-natal?

Como descobrir a trombofilia na gravidez? Esse é um ponto bem simples, já que os testes utilizados para isso são apenas coletas de sangue. Em alguns casos, vários exames podem ser feitos, como:

  • proteínas S e C;
  • antitrombina;
  • protrombina;
  • fator V Leiden;
  • fator PAI. 

Seu médico verá quais são os exames que devem ser solicitados em seu caso. Além disso, pode ser necessário fazer mais testes para descartar outras possíveis causas do problema, fechando um diagnóstico realmente preciso.

Quais são as consequências da trombofilia na gravidez?

Trombofilia na gravidez

Após falarmos sobre os sintomas, as causas e o diagnóstico da trombofilia na gestação, é chegada a hora de mencionarmos os seus riscos. Para as gestantes, um dos mais frequentes é o abortamento de repetição.

Nesse caso, ocorrem obstruções da comunicação entre o organismo da mulher e o do bebê, sobretudo, nos vasos conectados à placenta. Assim, o feto não recebe os nutrientes, o oxigênio e outras substâncias de que precisa, parando de se desenvolver adequadamente.

Mas isso não é tudo! Esse problema com a placenta também pode prejudicar a sua função, levando, por exemplo, à hipertensão materna. Assim, tanto a gravidez quanto a mãe ficam em perigo por conta da pré-eclâmpsia. Outro ponto de destaque é a possibilidade de o bebê nascer prematuro.

Existe, ainda, o risco para a vida da gestante, que fica predisposta a desenvolver trombos em órgãos vitais, como o pulmão. Por isso, é fundamental buscar um diagnóstico precoce e efetivo.

Além disso, pode-se dizer que a trombofilia prejudica a fertilidade, dificultando a fixação do embrião no útero. Ter esse problema pode fazer com que a gravidez seja algo mais difícil de acontecer.

Como é o tratamento da trombofilia na gravidez?

Agora, é hora de você descobrir se a trombofilia na gravidez tem cura ou quais são os tratamentos mais utilizados para tratar essa condição. Não é possível falar em eliminar o problema de maneira definitiva, pois é uma condição muito complexa e que pode depender de muitos fatores.

Mesmo assim, há tratamentos muito eficientes para as gestantes trombofílicas, que trazem segurança e estabilidade para a gestação. O principal deles está associado à administração, normalmente diária, de medicamentos da classe dos anticoagulantes.

O seu objetivo é afinar o sangue, fazendo com que as mulheres fiquem menos suscetíveis à formação dos temidos coágulos. Outros medicamentos que podem ser utilizados são os antiagregantes plaquetários. Como o nome diz, impedem a agregação de plaquetas e a consequente formação de coágulos. 

Apesar disso, o uso de tais medicamentos exige acompanhamento médico persistente. Afinal, eles deixam as gestantes mais predispostas a desenvolver sangramentos, o que pode ser perigoso, em alguns casos. 

Então, há como tratar a trombofilia na gravidez, mas isso não pode, de modo algum, ser feito a partir da automedicação. Você precisará de exames frequentes para avaliar a sua capacidade de coagulação e para monitorar o andamento do desenvolvimento do feto. 

Como prevenir a trombofilia?

Muitas mulheres ficam ansiosas para começar uma nova vida com a gestação de um filho, mas têm medo de desenvolver trombofilia, por apresentar alguma das condições que contribuem para o surgimento dela. Se for o seu caso, o primeiro ponto é manter a calma!

Não há uma receita para a prevenção desse problema, mas podemos citar pequenos passos que podem ser feitos para que as suas chances de desenvolvê-lo diminuam. Veja:

  • evitar ficar muito tempo sentada e, sempre que possível, esticar as pernas;
  • não ficar na mesma posição por muito tempo;
  • praticar atividades físicas;
  • ter uma boa ingestão de água;
  • manter o peso em um nível adequado.

Além disso, não há meios de prevenir a trombofilia hereditária. A boa notícia é que os tratamentos são muito eficientes, desde que a doença seja diagnosticada de maneira rápida. Então, faça um bom acompanhamento médico e conte com o apoio da sua equipe multidisciplinar de pré-natal.

A trombofilia na gravidez é um problema sério, que exige muita atenção por parte da gestante e dos profissionais da saúde. Por essa razão, cuidar das futuras mães e fazer um acompanhamento correto são pontos essenciais para uma gestação tranquila e saudável. 

Aproveite e confira, agora, informações importantes sobre como se preparar para a chegada do bebê!

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