Black Fraude: os 6 cuidados para não ser enganado na Black Friday
Todos os anos, milhares de consumidores aguardam ansiosos pela chegada do mês de novembro, quando acontece a Black Friday — evento no qual lojas físicas e virtuais oferecem grandes descontos para a aquisição de produtos e contratação de serviços. Mas e a famosa Black Fraude? Como não cair nela?
O que é para ser uma excelente oportunidade ao cliente, no entanto, pode acabar em dores de cabeça.
Isso porque, aproveitando a euforia do público com os planejados gastos de fim de ano, diversos golpes patrimoniais são aplicados. Para evitar que o evento não se torne uma verdadeira black fraude, é imprescindível que o cliente esteja atento aos riscos e adote cuidados ao comprar.
Pensando nisso, elencamos alguns esclarecimentos sobre o tema, além de precauções que devem ser consideradas para que você não seja enganado. Confira!
O que é a Black Friday?
A Black Friday é um grande evento em diversos países. A ideia surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1960, e encontrou amplo mercado em nosso país, principalmente em ambientes virtuais.
No Brasil, a febre começou em 2010 e se perpetua até hoje, sempre na quarta sexta-feira do mês de novembro. Trata-se do dia em que estabelecimentos oferecem vantagens ao consumidor, com a finalidade de renovar estoques para o Natal e alcançar uma renda extra.
Aos clientes, não é preciso dizer que os benefícios são inúmeros. Muitos deles, por exemplo, conseguem comprar os presentes para o fim de ano antecipadamente pagando preços baixíssimos.
Quais são as fraudes mais comuns na Black Friday?
Diante do extenso fluxo de compras e da empolgação dos clientes para aproveitar as ofertas, muitos golpistas aproveitam para desviar patrimônio. O consumidor, no entanto, também pode ser vítima de uma black fraude. Conheça agora quais são as armadilhas mais comuns!
Preço diferente no carrinho
Uma das reclamações mais frequentes direcionadas ao Procon diz respeito à mudança de preços ao finalizar a compra. Em geral, a diferença de valores no carrinho se dá muito acima do anunciado na tela de oferta.
Tal variação pode ter três fontes: atraso na atualização dos preços no site, fraude por agentes externos ou inclusão de taxas não contabilizadas pela própria empresa.
No terceiro caso, é recomendado que o usuário faça um print de todas as etapas até a conclusão da compra. Dessa forma, se houver cobrança abusiva, é possível reclamar posteriormente pelo menor valor apresentando provas concretas.
Sites falsos
Outro ato enganoso que costuma aparecer no dia da Black Friday é a criação de sites falsos. Por meio deles, golpistas se esforçam para atrair consumidores com ofertas vantajosas e a preços muito baixos.
Muitos deles, inclusive, elaboram uma página muito similar à de lojas virtuais famosas com o intuito de iludir clientes fiéis à marca. Esses sítios também costumam oferecer poucas opções de pagamento para deixar o usuário no prejuízo.
E-mails falsos
Nessa época do ano, em ocasião da Black Friday, são encaminhados diversos e-mails falsos com links muito parecidos com páginas famosas, nas quais o cliente costuma comprar.
Essas mensagens, geralmente, direcionam o consumidor para ambientes virtuais suspeitos. Por essa razão, é fundamental que o usuário tenha atenção ao remetente e evite comprar produtos diretamente pelos links enviados para o endereço eletrônico.
Problemas na entrega
Problemas na entrega também costumam ser recorrentes durante períodos em que as lojas têm alta demanda de encomendas. O risco pela oferta, no entanto, é sempre da empresa que divulgou os produtos.
Sendo assim, o consumidor tem o direito de cobrar o recebimento do objeto adquirido dentro do prazo e nas condições estabelecidas no ato da compra. Por esse motivo, é recomendado que o usuário observe, antes de efetuar o pagamento, todas as variações possíveis para a entrega de acordo com a região.
Que cuidados ter para não cair na black fraude?
Diante dessas situações, em que o consumidor pode ter seus direitos violados, é importante adotar cuidados para não ser vítima da black fraude. Confira algumas ações indispensáveis nesse sentido!
1. Busque referências sobre o site
O primeiro cuidado necessário para realizar a compra com segurança é verificar a credibilidade do site no qual se deseja adquirir o produto ou o serviço. Para tanto, vale seguir as recomendações no que se refere aos links enviados via e-mail ou pelas redes sociais.
Ainda que o site seja original, no entanto, é importante buscar referências sobre a qualidade dos processos de compras virtuais. Nesse sentido, páginas de reclamação ou notas dos órgãos de defesa do consumidor podem ser grandes aliados.
2. Utilize antivírus
Outra dica valiosa é instalar no computador e no celular um antivírus e o firewall — sistema que barra a recepção de acessos não autorizados no dispositivo eletrônico. Assim, o consumidor estará mais protegido contra ameaças externas.
Da mesma maneira, é importante evitar o acesso a lojas virtuais por redes gratuitas de Internet. Isso porque, nesses casos, não é possível contar com qualquer garantia de que elas estejam protegidas. Notebooks desconhecidos em lan houses ou cafés, pela mesma razão, devem ser deixados de lado.
3. Verifique a confiabilidade das lojas
É imprescindível, ainda, confirmar se a loja na qual se pretende adquirir produtos é confiável. Nesse sentido, vale conferir se o estabelecimento está presente nas redes sociais e em outros ambientes virtuais com seguidores.
Também é possível avaliar, por diversas plataformas, quais são as reclamações mais frequentes em relação ao atendimento oferecido pela loja, à qualidade do produto e ao cumprimento dos contratos firmados online.
Outra dica é buscar a opinião de pessoas próximas que já foram clientes, de modo a verificar se os feedbacks são positivos.
4. Proteja cartões de crédito e senhas
Outra cautela necessária para não cair em golpes é proteger os cartões de crédito e senhas pessoais. Nesse aspecto, é recomendado evitar o cadastro em lojas virtuais com códigos de acesso similares aos de cartões.
Também é importante, no momento da compra, desabilitar nos sites a opção automática de salvamento de dados pessoais. Desse modo, o usuário impede que suas informações fiquem armazenadas e possam ser captadas por agentes externos.
5. Analise as promoções oferecidas
A análise das promoções disponibilizadas também pode dar indícios da má-fé de alguns estabelecimentos. Não é raro, por exemplo, ver o progressivo aumento dos valores ao longo dos meses anteriores ao do evento para a aplicação de descontos exorbitantes na Black Friday.
Para não ser induzido ao erro e evitar gastos desnecessários, portanto, é importante ter em mente que nem toda economia é real. Por vezes, a oferta pode estar mascarada como vantajosa.
Nesse sentido, é interessante sempre fazer uma pesquisa de histórico de preços para conferir se a aquisição do produto vale a pena. Diversos sites já oferecem essa ferramenta, como é o caso dos comparadores de preço.
6. Prefira lojas com amplas opções de pagamento
Como foi dito, as condições limitadas de pagamento podem indicar que o site não é confiável ou que é gerenciado por agentes suspeitos. Lojas que aceitam apenas transferência ou boleto bancário, por exemplo, podem estar oferecendo essa possibilidade para evitar estorno posterior.
Dessa forma, é válido evitar a compra nesses ambientes virtuais e optar por aqueles que aceitam diversos meios para a quitação.
Especialistas ainda recomendam que, mesmo em páginas seguras, o usuário dê preferência ao pagamento via cartão de crédito. Isso porque, caso se depare com algum problema, poderá contar com o apoio do banco.
A Black Friday pode representar grandes oportunidades ao consumidor, que conseguirá adquirir mercadorias e negociar produtos a preços acessíveis. É importante, no entanto, estar atento a ofertas enganosas ao público, que tornam o evento uma verdadeira black fraude.
Para isso, é necessário adotar cuidados de modo a identificar riscos e prevenir perdas financeiras.
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