Ter pessoas em quem você pode confiar é importante em todos os estágios da vida. Em períodos que demandam mudanças e esforço físico e mental, como a gestação e o pós-parto, a rede de apoio é ainda mais valiosa para as mulheres.
Por isso, é interessante buscar formas de criar uma rede de apoio para auxiliar esse momento de vida em que a mãe precisa se adaptar à nova realidade e em que ela tem novas demandas ocupando seu tempo.
Neste post, falaremos um pouco mais desse assunto e todos os aspectos importantes que se relacionam com ele.
O que é rede de apoio durante a gestação?
A rede de apoio pode ser definida como um grupo de pessoas aptas e desejosas a ajudar quando necessário.
Essa ajuda pode ser de diversas naturezas, como a oferta para ensinar alguma coisa, consertar algum item em casa, dar carona, fazer companhia, enfim, quaisquer apoios que as pessoas possam precisar.
Para mães que precisam cuidar de um recém-nascido, por exemplo, pode ser difícil ter tempo para cozinhar, dormir ou até tomar um banho, uma vez que a criança demanda muito cuidado.
Do mesmo modo, a gestação exige um grande esforço físico da mãe para manter a rotina. No primeiro trimestre, ela pode estar com enjoo e ter dificuldade de realizar atividades, especialmente pela manhã. Nas últimas semanas, ela talvez não tenha energia e disposição física para lidar com as obrigações do dia a dia.
Nesse sentido, são as pessoas dessa rede de apoio que fornecem o suporte emocional e físico para que a mãe não se sinta sozinha nesses momentos tão importantes. Ela pode ser composta por familiares, amigos e vizinhos dispostos a ajudar, formando uma espécie de família ampliada.
Qual a importância da rede de apoio na gravidez?
Formar um grupo de apoio é uma alternativa para enfrentar os desafios na gestação, no pós-parto e na maternidade (colocar link sobre mitos e verdades da maternidade, em produção) em si.
Afinal, essa rede de apoio ajuda a mulher a atravessar esses momentos, sem julgamentos e com todo o suporte necessário. Assim, as mães se sentem acolhidas pelo seu entorno social.
Na gestação, o grupo de apoio pode fazer muito pela mãe. Algumas ideias são ajudar nas compras de enxoval e móveis para o bebê, apoiar em consultas médicas, organizar o chá de fraldas, buscar famílias que estejam doando roupinhas e outros itens de enxoval para economizar nas compras, entre outros.
Além, claro, de serem pessoas dispostas a ouvir as reflexões, os temores e as inseguranças da mulher de forma acolhedora e sem julgamentos.
Outro tipo de rede de apoio que se tornou viável com a ajuda da tecnologia são os grupos virtuais para compartilhar experiências. Eles servem para maturar essa ideia de maternidade, de modo que a mulher consiga se adaptar a essa realidade de maneira progressiva e acolhedora.
Qual é a importância da rede de apoio após o parto?
Logo após o parto, a mãe ainda se encontra fragilizada física e mentalmente. Por isso, ter pessoas por perto para ajudá-la a se adaptar à nova rotina é essencial, especialmente no puerpério.
A duração do puerpério pode variar de mulher para mulher. Alguns especialistas estimam que o período dure entre 45 e 60 dias após o parto, já outros apontam que ele só acaba quando há a primeira ovulação e menstruação pós-parto.
De qualquer modo, é um período de muitas adaptações e algumas dificuldades. A mulher encara mudanças hormonais, inseguranças em torno da autoestima, privação do sono, entre outros desafios.
Além dessas mudanças em seu corpo e em sua rotina, há a responsabilidade de cuidar de uma criança recém-nascida, completamente indefesa. Uma rede de apoio é importante para prover todo o apoio necessário durante esse período.
Um grupo de amigos pode ajudar se revezando para levar refeições para a puérpera no primeiro mês de vida do bebê, por exemplo, quando a rotina ainda está mais bagunçada e é difícil se planejar para cozinhar. Familiares podem dar carona e fazer companhia nas primeiras visitas ao pediatra.
Se a mãe estiver se sentindo sozinha ou precisar de ajuda prática em casa, quem faz parte da rede de apoio pode se alternar para visitá-la e fazer pequenas tarefas, como lavar louça, pendurar a roupa ou mesmo buscar o filho mais velho na escola, se for o caso.
O que é paternidade ativa?
Você já deve ter ouvido o termo “pai ausente”, utilizado para descrever aqueles homens que não participam de forma efetiva da criação dos filhos — relegando todo o trabalho para a mãe.
Nesse sentido, a ideia de paternidade ativa é justamente ao contrário: um pai que não apenas “ajuda”, mas que tem protagonismo nesse papel.
Assim, um pai ativo é muito importante para garantir um suporte sólido. Afinal, é uma pessoa que tem a chance de conviver com a mãe durante todo o processo, mais que qualquer amigo e a maioria dos familiares. Nesse sentido, a paternidade ativa e a rede de apoio caminham lado a lado.
Como construir sua rede de apoio?
Como dissemos, uma rede de apoio é uma espécie de família ampliada. Ela é composta por aquelas pessoas que dizem: “Conte comigo!”. Quais são as principais dicas para construir essa rede? Vamos conhecê-las.
Não tenha vergonha de pedir ajuda
O primeiro passo é assumir que precisa de ajuda — e o segundo é explicar do que necessita. Afinal, muitas vezes, você tem pessoas por perto para isso, mas que não sabem bem como podem ser úteis. Por isso, não tenha vergonha de solicitar aos familiares e amigos que se mostrem disponíveis.
Aproxime-se das pessoas de que você já gosta
Em termos de uma rede de apoio, ajuda muito que boa parte das pessoas seja escolhida com base na sintonia emocional que você tem com cada um.
Por isso, devem ser pessoas de confiança e que tenham afinidade com você, para ajudarem naqueles momentos em que se sente indisposta ou enfraquecida após o parto. Porém, que também a ajudem a se distrair com conversas descontraídas que fluam de maneira natural.
Não negligencie novas amizades
Buscar pessoas com uma boa sintonia emocional não significa se trancar para o resto do mundo. Por isso, mantenha-se aberta para construir novas amizades.
Isso é especialmente importante se o seu círculo social é pequeno. Por isso, dê uma chance para aqueles vizinhos que sempre se colocaram à disposição em outras situações, mas com os quais você não forjou laços de amizade, por exemplo.
Do mesmo modo, aceite a ajuda de parentes com os quais você tem menos contato. Se são pessoas de quem você gosta, apesar de não serem tão próximos, leve em consideração que eles também gostam de você e estão dispostos a ajudar.
Busque grupos virtuais
Logo após o parto, pode ser difícil sair procurando novas amizades por aí, fisicamente falando. Contudo, a boa notícia é que existem grupos virtuais de pessoas na mesma situação ou que já passaram por isso.
Por isso, procure páginas de ONGs e comunidades em redes sociais que investem no acolhimento de famílias e servem também para tirar dúvidas e compartilhar conselhos e experiências.
Como você viu no artigo, a rede de apoio é um grupo de pessoas dispostas a ajudar, o que pode ser muito útil em períodos desafiadores, como a gestação e o pós-parto.
Para uma maternidade mais leve, é importante que a mãe se cerque de pessoas de confiança e busque a troca de experiência com outras mulheres.
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