Para saber se o sangramento na gravidez é normal e inspira ou não cuidados, é fundamental observar o período de gestação. Dependendo do trimestre, pode ser que a incidência seja mais ou menos comum, indicando algum problema na placenta, por exemplo.
Neste artigo, esclarecemos dúvidas sobre o tema. A ideia é apresentar sinais indicativos de que a mulher está sofrendo aborto espontâneo, bem como explicar o fenômeno da gravidez ectópica a e importância do acompanhamento do médico para com a gestante e o bebê.
É normal ter sangramento na gravidez?
A resposta a esta pergunta é sim. Contudo, se o medo da gestante é perder o bebê, vale deixar claro que o percentual de sangramentos que gera o aborto espontâneo é muito baixo.
No início da gravidez, algumas situações podem causar sangramento na mulher, como o exame de toque e a relação sexual. Em geral, essas situações não oferecem risco, ocorrendo, normalmente, devido à maior quantidade de sangue no colo do útero da gestante.
Além disso, a nidação (colocação do embrião no útero) pode fazer a grávida sangrar, mas em pequena proporção. Caso a mulher tenha algum mioma, este também é capaz de causar o rompimento de vasos sanguíneos. Algumas outras razões de sangramento nos três primeiros meses de gravidez são:
- uso de antiagregantes plaquetários;
- uso de anticoagulantes;
- infecções no colo do útero ou vagina, sendo crucial procurar ajuda médica o mais rápido possível.
Em quais casos isso acontece?
Continuando o que estávamos explicando, existe ainda a possibilidade de o corpo da mulher não produzir hormônio progesterona suficiente. Quando isso acontece, o endométrio não fica totalmente firme, aumentando a chance de sangramento.
Esse é um hormônio de suma importância para a mulher, pois ele está ligado a vários aspectos do desenvolvimento do corpo, incluindo a quantidade de gordura nos glúteos e o alargamento do quadril.
Em relação à gravidez, a função da progesterona é preparar o útero para o óvulo recém-fertilizado. Se o hormônio não atuasse, haveria o risco de o corpo da mulher rejeitar o bebê, provocando um aborto.
Dos três aos seis meses de gestação
Neste período da gravidez, se a mulher tiver sangramentos, pode ser um tanto preocupante, considerando que eles costumam ter menor frequência nessa fase.
Nesse sentido, um risco pequeno, mas grave, é o da placenta prévia, que consiste na fixação errada dela, próximo ao colo do útero. Convém lembrar que a placenta é responsável por alimentar e dar oxigênio ao bebê.
Dos seis aos nove meses de gestação
Uma possibilidade de sangramento no trimestre final da gravidez é o deslocamento da placenta. Se a mulher sofrer de hipertensão arterial, ela terá mais possibilidade de ter o problema, sendo que os sinais desse tipo de sangramento são:
- sangue escuro ou bastante vermelho;
- contrações frequentes;
- fortes cólicas.
O último caso de sangramento é o trabalho de parto propriamente dito. Quando ocorrer, a gestante não deve hesitar em procurar a internação na maternidade, para que o obstetra e sua equipe possam iniciar os trabalhos que farão a grávida dar à luz.
Quais sinais indicam que a mulher pode estar perdendo o bebê?
Na maioria das vezes, os abortos espontâneos ocorrem no início da gravidez, por razões como a má formação do óvulo. Nem sempre é fácil identificar, porque a mulher, em muitos casos, não nota que o organismo liberou o feto. Para ter certeza, é recomendado consultar um médico e verificar se o coração do bebê ainda está batendo na barriga da mãe.
Pouco mais de uma semana depois da concepção, é possível perder o bebê, sendo que a mulher confunde o sangramento com a menstruação.
Contudo, uma diferença importante entre um caso e outro é que o sangue derramado no aborto espontâneo é em quantidade muito maior do que no período menstrual, de modo a não ser contido pelo absorvente. Não obstante, a mulher sente muita dor e esse sangue apresenta coágulos.
Felizmente, na maioria dos casos, o bebê nasce, e a mãe passa a lidar com a questão de quanto custa criar um filho. Este é um conhecimento que pode ser obtido, inclusive, durante a gravidez, de modo que o casal faça o planejamento financeiro, tendo em vista a infância, adolescência e vida adulta do filho.
O que é uma gravidez ectópica?
Basicamente, a gravidez ectópica ocorre quando o embrião se desenvolve fora do útero da mulher. O ovário, o colo do útero e as trompas são alguns lugares onde ele pode ficar ao longo da gravidez.
Os principais sintomas são a perda de sangue pelo canal vaginal e dor, sendo comum acontecer nos três primeiros meses da gestação. Com o auxílio do médico, a mãe saberá onde o embrião está.
Inicialmente, a mulher não percebe que tem uma gravidez ectópica. Os sintomas aparecem quando o bebê começa a crescer fora do útero, sendo que, além dos sinais já citados, alguns merecem atenção:
- sensação de que a vagina está pesada;
- inchaço na região do abdômen;
- exame Beta HCG negativo, indicando que a mulher não está grávida.
Na maioria das vezes, o bebê se desenvolve nas trompas, e os sintomas apresentados acima aparecem quando não há o rompimento delas. Por meio de ultrassom, é possível verificar se a mulher está com a gravidez ectópica.
Por que é importante manter o acompanhamento médico durante a gravidez?
O acompanhamento médico é de suma importância, independentemente do período que ocorre o sangramento. Com base na cor do sangue, o profissional saberá qual o diagnóstico e se há necessidade de algum tratamento específico.
Também é plausível salientar que, durante a gravidez, a mulher não menstrua, de modo que qualquer sangramento requer atenção e a ajuda especializada o mais rápido possível.
Uma recomendação do médico nesse sentido é que a mulher não tenha relações sexuais com o parceiro no período do sangramento.
Em alguns cenários, é possível ter desmaios, tonturas, calafrios e até febre — nesses casos, o problema tende a ser de maior gravidade, tanto para a mulher quanto para o bebê ou ambos.
Como vimos no texto, o sangramento na gravidez é normal, principalmente nos primeiros meses da gestação. O importante é ter atenção aos sintomas e sempre procurar a ajuda de um médico de confiança, capaz de fazer o diagnóstico correto e recomendar o tratamento para que a gravidez possa ser conduzida até o final.
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