São muitas as razões que explicam a dificuldade de aprendizagem de uma criança ou adolescente. Entre elas desmotivação, desinteresse, problemas psicológicos, a escolha errada de uma instituição de ensino, etc.
Detectar o problema rapidamente é fundamental para que o seu filho não fique para trás no percurso escolar. Esse cuidado deverá combinar conversas com o seu filho, com os educadores e, em alguns casos, a busca de apoio psicológico profissional para que ele possa lidar efetivamente com a dificuldade de aprendizagem.
Neste post, citamos as principais atitudes que você precisa ter para ajudar o seu filho a lidar com esses problemas no aprendizado. Boa leitura!
Converse com seu filho sobre a dificuldade de aprendizagem
Pode não ser tão fácil reconhecer de cara uma dificuldade de aprendizagem. Afinal, isso só será possível com o passar do tempo, por professores e também pelos pais. Contudo, assim que for detectada, é preciso agir rapidamente.
A explicação da dificuldade em aprender pode estar muito além da simples preguiça ou desmotivação. Isso porque pode ter uma origem biológica ou psicológica.
Nesse caso, está além do aluno a vontade ou não de estudar. Conversar com ele é uma forma de mostrar que você está do lado dele para superar o problema.
Não brigue
É muito importante respeitar as limitações que o seu filho demonstra e manter o olhar atento em relação ao desenvolvimento escolar dele. Nesse contexto, brigar por conta das dificuldades não resolve a questão.
Afinal, isso só faz com que ele fique ainda mais inseguro, tenha medo de contar os seus problemas e ainda se apavore só de pensar em assuntos escolares. Assim, o desempenho tende a piorar ainda mais.
É necessário entender que, em diversos casos, a dificuldade de aprendizagem tem causas mais complexas. Do mesmo modo, nem toda falta de motivação em certas atividades significa um problema de aprendizagem. Ele apenas pode ter mais interesse em certas matérias, por exemplo.
Por isso, novamente reforçamos a necessidade de conversar para entender todo o quadro. Dialogue de maneira compreensiva, demonstre apoio e encontre alternativas para auxiliá-lo nesse processo.
Use recursos lúdicos
Usar recursos lúdicos é uma maneira de tornar o aprendizado mais divertido e estimulante. Por isso, além de acompanhar a rotina acadêmica do seu filho, aproveite os momentos em casa para proporcionar experiências relacionadas ao que ele está estudando na escola.
Um exemplo: digamos que o assunto seja matemática. Busque filmes, livros e pinturas que demonstrem como certos personagens utilizaram aquele tema para fazer descobertas relevantes para a humanidade.
Também é uma boa ideia engajá-lo no planejamento financeiro familiar, para que ele se familiarize com a importância dos números.
Isso é uma forma de mostrar que determinados temas não servem apenas para chatear os estudantes, mas também para fazê-los crescer e aprender. Essas experiências divertidas e lúdicas complementarão os conhecimentos que ele adquire na escola.
Acompanhe as atividades escolares de perto
“Vá lá fazer o dever de casa, deixe os seus pais descansarem.” Se esse é o tipo de frase que você costuma repetir dentro de casa, é hora de repensá-las. Aliás, se você não acompanhar as atividades escolares de perto, a nossa primeira dica irá por água abaixo.
Afinal, como você poderá conversar com o seu filho se você não acompanha a sua rotina escolar e, consequentemente, não entende bem as dificuldades que ele está tendo?
Manter essa postura distanciada fará com que você tome consciência do fato apenas quando começar a receber bilhetes dos professores.
Acompanhar de perto as atividades é até mesmo uma forma de garantir que as más notas e o desempenho não sejam irreversíveis em uma série/ano, por exemplo, o que atrasaria a vida escolar do seu filho. Além disso, ele pode se sentir cada vez mais triste ao notar que os colegas progrediram e ele não.
Demonstre apoio
Quando as dificuldades forem detectadas, demonstre todo o apoio possível para que vocês consigam, juntos, contornar a situação.
Muito além de dizer “estou com você, filho”, organize atividades em grupo, principalmente com os colegas com os quais o seu filho já tem intimidade.
Desse modo, ele terá uma rede de suporte para conseguir desenvolver a autoconfiança e se sentir mais motivado a se dedicar aos estudos. Demonstre a ele que aquela situação não é algo exclusivo, que outras pessoas também precisam de ajuda para progredir na vida escolar.
O mais importante é fazer com que ele não se sinta sozinho, para não levá-lo a pensar que está em uma batalha que ele não tem como vencer. Por isso, busque meios de fazê-lo sentir que aquelas dificuldades podem ser vencidas.
Converse com a escola e com os professores
Os professores são aquelas pessoas que provavelmente detectarão primeiro as dificuldades de aprendizagem. Eles também poderão passar um panorama que ajude a explicar os problemas de aprendizado do aluno, mostrando em quais áreas ele precisa melhorar.
Nesse sentido, aproxime-se dos educadores. Converse e troque informações sobre o comportamento do seu filho ao estudar em casa e realizar as tarefas. Esse diálogo é essencial para encontrar os melhores métodos de aprendizagem para ele.
Pergunte se os professores notaram algum problema específico em relação à escrita, à capacidade analítica, de raciocínio lógico, concentração, entre outros. A escola também poderá indicar algum programa de reforço para o aluno.
Essa parceria entre a escola e a família é fundamental para que os alunos progridam e alcancem os objetivos propostos para a sua faixa etária. Por isso, também não deixe de frequentar as reuniões e se integrar ao ambiente educacional.
Busque ajuda profissional
Muitas vezes, a ajuda de que o aluno precisa vai muito além da capacidade de motivação por parte dos pais. Quando você notar que mesmo com estímulo o seu filho ainda vai mal na escola, busque a ajuda de um profissional especializado.
Alguns exemplos seriam um psicólogo infantil ou um psicopedagogo. Ele poderá conversar com a família e também com os educadores da escola para identificar se a origem do problema tem mais a ver com aspectos emocionais ou cognitivos.
Com esse estudo, ele poderá avaliar a melhor forma de lidar com cada dificuldade de aprendizagem.
Além disso, também conseguirá desenhar atividades que auxiliem o seu filho no dia a dia, de forma gradual, assim como orientar os pais sobre a melhor abordagem pedagógica.
Estude sobre os diferentes tipos de dificuldade de aprendizagem
O seu filho pode estar sofrendo com alguns transtornos que afligem outras crianças. São exemplos:
- dislexia (dificuldade na leitura);
- disgrafia (distúrbio que dificulta a escrita);
- discalculia (dificuldade em aprender lições de matemática e outras atividades que envolvam números);
- dislalia (distúrbio que afeta a fala dos alunos);
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), cujos sintomas são a dificuldade de concentração, inquietação, impulsividade e agitação.
Esses são alguns dos transtornos que afetam crianças e adolescentes em todo o mundo. É por isso que reforçamos a necessidade de buscar apoio profissional para conhecer e entender efetivamente o problema.
Como você viu neste artigo, detectar e tomar atitudes práticas são a melhor maneira de lidar com a dificuldade de aprendizagem. O diagnóstico, em casos mais complexos, deve ser feito por um profissional qualificado. Ao encarar a situação, você dá um passo importante para resguardar os seus filhos.
Gostou do artigo e quer continuar lendo sobre a importância de ficar de olho no comportamento do seu filho? Entenda como identificar e lidar com a ansiedade na escola!